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Sinapses definem se cérebro é feminino ou masculino, independente do sexo

Por  • Editado por Luciana Zaramela |  • 

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Nathan Dumlao/Unsplash
Nathan Dumlao/Unsplash

Há muito tempo, as diferenças entre o cérebro masculino e feminino intriga a comunidade científica. Um novo estudo conduzido por pesquisadores dos EUA e Singapura e publicado na Science Advances destaca a descoberta de variações notáveis ​​entre os sexos e gêneros. Os pesquisadores avaliaram 4.757 crianças (2.442 meninos e 2.315 meninas).

Na prática, eles questionaram as crianças sobre seus sentimentos em relação ao seu gênero, e enquanto isso questionaram os pais sobre o comportamento da criança, incluindo sinais de disforia de gênero (ou seja: não se sentir alinhado com o sexo atribuído ao nascer).

Com a ajuda de algoritmos, os pesquisadores identificaram diferenças significativas nas sinapses, isto é, a conectividade cerebral com base no sexo e diferenças mais sutis na conectividade cerebral relacionadas ao gênero.

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Os cientistas observam, então, que algumas atividades cerebrais podem indicar se um cérebro é masculino ou feminino, como redes ligadas ao movimento, à visão e às emoções.

Diferença de gênero nas doenças cerebrais

O estudo sugere que sexo e gênero estão associados à conectividade funcional individual e essas associações podem estar por trás das diferenças de sexo e gênero que existem em doenças relacionadas ao cérebro.

Isso pode ajudar a entender por que mulheres têm mais Alzheimer do que homens, por exemplo. 

Mas os próprios pesquisadores dizem que o fato de que a pesquisa foi feita com participantes que ainda não atingiram a puberdade pode comprometer a compreensão dos resultados, principalmente levando em consideração que esse seria um momento crucial para a identidade de gênero e sentimentos em torno dela.

Ou seja: os resultados podem ser diferentes em grupos mais velhos. Então futuros estudos podem ajudar a adquirir um conhecimento mais profundo sobre essa diferença entre as conexões cerebrais, de acordo com sexos e gêneros.

Fonte: Science Advances