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Como saber se você tem sensibilidade à cafeína e o que tomar no lugar do café?

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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5PH/Envato
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O café é a segunda bebida mais consumida no Brasil, perdendo apenas para a água: há quem não comece o dia de forma funcional sem pelo menos uma xícara do amado líquido negro. Algumas pessoas, no entanto, sofrem com uma sensibilidade à cafeína que não as permite aproveitar a bebida, que, quando consumida, causa sintomas como palpitações e tremedeiras.

Esses sintomas podem ser o que se chama de alergia à cafeína, mas o fenômeno é extremamente incomum: reações à substância têm mais chances de serem causadas pelo aumento do hormônio adrenalina que a cafeína causa em nossos corpos. Sensibilidade e alergia podem ser, sim, diferentes, e trataremos das duas nessa matéria.

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A sensibilidade à cafeína, no geral, é uma má reação à resposta de adrenalina causada pela substância. Já a alergia causa uma resposta histamínica à própria cafeína. A anafilaxia — reação alérgica séria, que pode até mesmo levar à morte — causada pela alergia à cafeína é muito rara, e geralmente envolve outro gatilho secundário, como a aspirina. Apenas um caso até hoje, reportado na Espanha, foi causado apenas pela cafeína.

É fácil saber os sintomas do consumo de café: algumas pessoas se sentem mais acordadas, outras têm um pico de energia, outras sentem uma tremedeira. Isso ocorre geralmente 20 minutos após consumir algo que contenha cafeína, e, quando tremeliques surgem, ou você precisa ir ao banheiro pouco tempo depois disso, pode ser que seja intolerante ou tenha sensibilidade à substância.

A diferença, segundo especialistas, não é muto grande: em alguns casos, a questão é simplesmente um consumo exagerado de cafeína, sobrecarregando o corpo. Para outras pessoas, no entanto, qualquer quantidade já pode causar tremedeiras, desconforto estomacal, dor de cabeça, insônia, palpitações e aumento na ansiedade. Nesse caso, a intolerância é o mais provável.

A culpa frequentemente é do metabolismo corporal: quando ele é mais rápido, há menos chances que você seja sensível à cafeína, a menos que tome demais da substância. Metabolismos mais lentos serão afetados mais facilmente. Outros fatores, como gênero, idade e peso, bem como variações na química do cérebro e metabolismo do fígado também podem influenciar.

Sintomas da sensibilidade à cafeína

Alguns estudos mostram como a cafeína pode piorar os sintomas de ansiedade: um artigo da revista científica General Hospital Psychiatry viu 51,1% dos participantes com desordens do gênero tendo ataques de pânico após o consumo, mas não ter o sintoma ao tomar um placebo. Os sintomas da sensibilidade à cafeína podem incluir:

  • Palpitações;
  • Dor de cabeça;
  • Ansiedade;
  • Agitação;
  • Insônia;
  • Tremedeiras;
  • Irritabilidade;
  • Urgência para usar o banheiro.
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Os sintomas podem variar de acordo com o nível de sensibilidade. No caso da alergia, eles podem ser mais severos, incluindo coceira na pele, erupções cutâneas, irritabilidade crescente e tremedeiras ainda piores.

Alternativas para o café

Para quem está com os sintomas e procura mudar o hábito de tomar o cafezinho matinal, especialistas indicam beber mais água ao invés de café, ou substituir a bebida por água morna com limão, chá de hortelã, shakes de frutas ou vegetais, água gaseificada com lima, matcha, chá vermelho ou água de coco.

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O chá branco é preferível, já que tem de 6 a 55 mg de café a cada 250 ml, enquanto o chá verde costuma ter de 30 a 70 mg, e o chá preto, de 47 a 90 mg. No caso do chá branco, ele é colhido mais cedo do que os outros, já que, quanto mais madura a folha, mais cafeína ela contém. Chás de frutas ou ervas, como camomila ou hortelã, são naturalmente desprovidos da substância.

E como a concentração de cafeína depende da sua origem, controlar o consumo pode ser uma boa ideia: cafeína em tabletes, por exemplo, podem ser mais seguras do que o café, cuja quantidade dessa substância pode variar entre 100 e 200 mg em uma xícara, dificultando o controle.

Fonte: General Hospital Psychiatry, Asia Pacific Allergy, LiveScience