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Com alta de internações infantis, Nicolelis rejeita aulas presenciais: "Absurdo"

Por| Editado por Luciana Zaramela | 27 de Janeiro de 2022 às 15h30

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Pressmaster/Envato
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Na última quarta (26), o neurocientista Miguel Nicolelis levantou um alerta para o aumento na taxa de internações infantis por conta da covid-19, situação que se aproxima do colapso no sistema de vários estados brasileiros. Nas redes sociais, o médico lançou a questão: como voltar às aulas presenciais assim?

A situação de fato é alarmante: pelo menos sete estados brasileiros estão com uma ocupação de 80% ou mais dos leitos de UTI pediátricos para pacientes com covid-19. Três estados chegaram à marca de 100% da ocupação dos leitos infantis: Mato Grosso do Sul, Maranhão e Rio Grande do Norte. Enquanto isso, enfrentam cenário crítico: Ceará, Bahia, Pernambuco, Goiás.

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O neurocientista mencionou, ainda, um estudo feito pelo Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo que sugere que 43% das crianças sofrem os efeitos da covid-19 três meses após infecção. A pesquisa acompanhou um grupo de 53 crianças e adolescentes durante quatro meses e destacou a manifestação e sintomas persistentes:

  • Dor de cabeça (19%)
  • Cansaço (9%)
  • Dispneia (8%)
  • Dificuldade de concentração (4%)
  • Dores musculares e nas articulações (4%)

"Discordo frontalmente da posição de que os riscos do retorno as aulas são aceitáveis. Eles não são. Se eu tivesse filhos em idade escolar, eles ficariam em casa pelas próximas 2-3 semanas até que a onda da Ômicron terminasse e eles estivessem vacinados", opinou o neurocientista na rede social.

"Não há risco aceitável com crianças. Ninguém sabe como sequelas crônicas deixadas pela Ômicron podem afetar crianças infectadas. É um absurdo sem precedentes reabrir escolas. Com transmissão muito menor na primeira onda, elas foram fechadas. Qual a lógica de permitir sua reabertura agora?", questionou.

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Fonte: Miguel Nicolelis (via Twitter), Folha de S. Paulo (1, 2)