Com 89% de eficácia, remédio da Pfizer pode barrar variante Ômicron
Por Nathan Vieira | Editado por Luciana Zaramela | 15 de Dezembro de 2021 às 08h30
Nesta terça (14), foi anunciado que o remédio da Pfizer contra covid-19 pode conter a variante Ômicron. Na análise final, o Paxlovid demonstrou 89% de eficácia na prevenção de hospitalizações ou mortes. Estudos anteriores já tinham contado com o envolvimento de 1.200 pessoas; e o mais recente traz dados laboratoriais com base em mais 1.000 participantes.
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O remédio da Pfizer faz parte da classe de inibidores da protease — medicamentos usados atualmente para tratar HIV, hepatite C e outros vírus — e é administrado juntamente com o antiviral ritonavir. O tratamento deve começar logo que surgem os sintomas da covid-19, e dura cinco dias.
Os dados sobre a eficácia do medicamento foram compartilhados com a Food and Drug Administration (FDA) dos EUA como parte de um envio contínuo para autorização de uso emergencial no país. O governo dos EUA já garantiu 10 milhões de cursos do Paxlovid por US$ 5,29 bilhões (cerca de R$ 30 bilhões).
Eficácia contra Ômicron
De acordo com a empresa, o remédio mostrou atividade antiviral consistente contra as variantes de preocupação previamente identificadas (ou seja, Alfa, Beta, Delta, Gama, Lambda e Mu). Além disso, a Pfizer garante que os dados indicam que o medicamento tem "potencial para manter uma atividade antiviral robusta contra a Ômicron", e revela que estudos adicionais com a variante estão em andamento.
“A notícia fornece mais corroboração de que nosso candidato a antiviral oral, se autorizado ou aprovado, pode ter um impacto significativo na vida de muitos, já que os dados apoiam ainda mais a eficácia do Paxlovid na redução de hospitalização e morte e mostram uma diminuição substancial na carga viral. Isso ressalta o potencial do candidato ao tratamento para salvar a vida de pacientes em todo o mundo”, afirma Albert Bourla, diretor executivo da Pfizer.
“Variantes de preocupação, como a Ômicron, exacerbaram a necessidade de opções de tratamento acessíveis para aqueles que contraem o vírus, e estamos confiantes de que, se autorizado ou aprovado, este potencial tratamento pode ser uma ferramenta fundamental para ajudar a conter a pandemia", conclui.
Fonte: Pfizer