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Pfizer começa a testar remédio contra covid-19 no Brasil

Por| Editado por Luciana Zaramela | 04 de Novembro de 2021 às 18h30

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Sommai/Envato Elements
Sommai/Envato Elements

Nesta semana, a farmacêutica norte-americana Pfizer iniciou testes, em humanos, para um novo medicamento contra a covid-19 no Brasil. Administrada por via oral, o antiviral recebe o nome de PF-07321332 e está na Fase 2/3 dos estudos clínicos. Resultados das etapas anteriores foram considerados como promissores.

De acordo com a Pfizer, os testes em humanos do potencial antiviral contra a covid-19 ocorrem nos estados do Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo.

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No total, mais de 20 centros de pesquisa brasileiros estarão envolvidos nos estudos, incluindo a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Voluntários ainda devem ser recrutados, mas os detalhes sobre a inscrição de todos os centros não foram divulgados. De forma geral, para participar, é necessário ter mais de 18 anos e tanto pessoas vacinadas contra a covid-19 quanto as que ainda não se imunizaram poderão participar.

Vale destacar que o estudo foi previamente aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP). Além disso, conta com a licença dos Comitês de Ética dos centros de pesquisa selecionados.

O que sabemos sobre o remédio da Pfizer contra covid?

O potencial medicamento da Pfizer é da classe dos inibidores de uma enzima chamada protease. Isso significa que o remédio atua contra a enzima, conseguindo bloquear sua ação e impedindo a produção de novas cópias das células infectadas.

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"A PF-07321332 já demonstrou potente atividade in vitro contra o SARS-CoV-2 nas fases pré-clínicas, assim como adequadas segurança e tolerabilidade em estudos de Fase 1 em humanos", explica a empresa, em nota.

Durante os testes brasileiros, o antiviral será coadministrado com uma baixa dose do Ritonavir — este é um antirretroviral utilizado em tratamento de infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Para a validação do tratamento, o estudo nacional terá três grandes divisões com diferentes perfis de voluntários, sendo todos randomizados, duplo-cegos e controlados por placebo.

A seguir, confira como funcionará:

  • Estudo em pacientes não vacinados ou vacinados com suspeita e/ou diagnóstico da covid-19, mas com baixo risco de desenvolver doença grave (sem comorbidades);
  • Estudo em pacientes não vacinados com suspeita e/ou diagnóstico de covid-19, mas com elevado risco de desenvolver doença grave;
  • Estudo em pessoas não vacinadas cujos contatos domiciliares estão com a covid-19.
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“Em linha com o compromisso de contribuir no combate à pandemia da covid-19 e entendendo que as medidas vão além da vacinação, realizamos ensaios iniciais de rastreamento de compostos antivirais em busca de potenciais moléculas, os resultados positivos da molécula PF-07321332 em fase pré-clínica e Fase 1 nos fez avançar para Fase 2/3 com a participação do Brasil", afirmou Márjori Dulcine, diretora médica da Pfizer Brasil, em comunicado.