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Cientistas usam tecnologia mRNA para regenerar células do coração após infarto

Por| Editado por Luciana Zaramela | 21 de Junho de 2022 às 11h15

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Robina Weermeijer/Unsplash
Robina Weermeijer/Unsplash

Pesquisadores da University of Houston (EUA) desenvolveram um método para normalizar células do coração após um infarto, através da tecnologia de mRNA (RNA mensageiro), que ficou conhecida principalmente por conta de algumas das vacinas contra a covid-19. Os resultados foram publicados na revista científica The Journal of Cardiovascular Aging.

Em experimentos, os cientistas conseguiram não apenas reparar as células do músculo cardíaco em camundongos, mas também as regenerá-las após o ataque cardíaco. A ideia é que a inovação possa ajudar em futuros tratamentos de doenças cardíacas em humanos.

Na prática, essa nova tecnologia desenvolvida pela equipe de pesquisadores usa o mRNA para entregar proteínas que controlam a conversão de DNA em RNA. Assim, esse mRNA sintético contribui para um crescimento semelhante a células-tronco.

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Os pesquisadores observaram que duas dessas proteínas (Stemin e YAP5SA) podem trabalhar em conjunto para aumentar a replicação de células do músculo cardíaco — pelo menos 15 vezes em 24 horas após as injeções cardíacas.

O artigo ainda defende que o mRNA sintético desaparece em poucos dias, enquanto as terapias genéticas entregues às células por vetores virais levantam várias preocupações de biossegurança porque não podem ser facilmente interrompidas.

RNA mensageiro (mRNA)

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Conforme explica o National Human Genome Research Institute, o RNA mensageiro é um tipo de RNA de fita simples envolvido na síntese de proteínas, e feito a partir de um molde de DNA durante o processo de transcrição. O papel do mRNA é transportar a informação da proteína do DNA no núcleo para o citoplasma da célula.

Podemos ver a tecnologia mRNA nas vacinas da Pfizer e a da Moderna contra a covid-19. Nessa técnica, o imunizante carrega o código genético do vírus que contém as instruções para que as células do corpo produzam determinadas proteínas, e introduz nas células do organismo a sequência de RNA mensageiro, que contém a receita para que essas células produzam uma proteína específica do vírus.

Fonte: The Journal of Cardiovascular Aging, University of Houston via New Atlas; National Human Genome Research Institute