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Cientistas usam tecido sintético para reverter disfunção erétil

Por| Editado por Luciana Zaramela | 04 de Janeiro de 2023 às 17h53

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Prostock-studio/envato
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Em estudo publicado na revista Matter, cientistas conseguiram reverter um quadro de disfunção erétil usando um tecido sintético. Os experimentos foram conduzidos em porcos, e resultaram na restauração completa da normalidade da ereção. Esse material é envolvido por fibras de colágeno, e quando incham com sangue, essas fibras permitem um espaço extra enquanto mantêm tudo unido.

A disfunção erétil pode ser causada por uma condição em que os tecidos cicatriciais de ferimentos anteriores causam dor e interrupção da função, e o tratamento geralmente envolve enxerto de tecidos de outras partes do corpo do paciente no pênis para substituir a área danificada.

No entanto, o sistema imunológico costuma rejeitar esses materiais, de modo que até mesmo enxertos bem-sucedidos podem levar a problemas como encurtamento do pênis por causa das diferenças entre os tipos de tecido. Foi com base nisso que os cientistas tentaram resolver o problema através da criação de um novo material.

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À medida que as fibras atingem seu comprimento total e se esticam, também criam firmeza, controlando e limitando a mudança de forma. No entanto, vale observar que a criação não substituiu a função dos outros tecidos também envolvidos, como os vasos sanguíneos, mas ainda assim foi capaz de reparar a função erétil normal nos porcos do estudo.

"Nosso trabalho nesta fase se concentra no reparo de um único tecido no pênis, e o próximo estágio será considerar o reparo do defeito peniano geral ou a construção de um pênis artificial", apontam os pesquisdores. De um modo geral, a pesquisa aumenta a compreensão da comunidade científica acerca de materiais resistentes, mas que mudam de forma.

Disfunção erétil

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Segundo o Ministério da Saúde, a disfunção erétil (ou impotência sexual) pode ser definida como "a incapacidade persistente em obter e manter uma ereção suficiente que permita uma atividade sexual satisfatória". Está associada com a idade: apenas 1 em cada 50 homens até 40 anos apresenta disfunção erétil, enquanto 1 em cada 4 com 65 anos apresenta a condição.

Embora ela seja uma desordem benigna, a disfunção erétil pode afetar a saúde física e psicológica e ter um impacto significativo sobre a qualidade de vida. São fatores de risco as doenças cardiovasculares (como hipertensão arterial) e outros como o sedentarismo, o diabetes, a obesidade, o tabagismo, a hipercolesterolemia e a síndrome metabólica. A disfunção pode também aparecer gradualmente como resultado de depressão, ansiedade e estresse crônico.

Fonte: Matter via Science Alert; Ministério da Saúde