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Cientistas usam fibra óptica para monitorar o abre e fecha da pandemia da COVID

Por| Editado por Luciana Zaramela | 30 de Junho de 2021 às 11h30

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Penn State University
Penn State University

Para descobrir qual foi o impacto do início da pandemia da COVID-19 nas atividades humanas diárias, cientistas da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos, usaram uma tecnologia de fibra óptica para o monitoramento, que usa sensores subterrâneos para captar sinais sonoros.

De acordo com Junzhu Shen, estudante da universidade envolvido na pesquisa, os sensores coletam dados bastante precisos e de alta resolução capazes de trazer o entendimento do que vinha acontecendo nas comunidades. As informações foram obtidas entre os meses de março a junho de 2020 no campus da própria universidade, e também no distrito de State College.

Os dados mostraram um período de silêncio, que coincidiu com as regras de lockdown, e na sequência uma volta da atividade conforme as medidas restritivas passavam da vermelha para a amarela e, então, verde. Com base em mudanças nas vibrações da superfície, os pesquisadores descobriram que o tráfego de veículos e as atividades de obras se recuperaram antes da movimentação de pedestres.

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Tieyuan Zhu, professor assistente de geociência da Universidade da Pensilvânia, diz que os dados de passos desapareceram e só foram recuperados quando as empresas reabriram no final de maio. Já no tráfego de automóveis, o padrão somente diminuiu para então se recuperar. "Isso pode nos dar dicas de que as pessoas estavam trabalhando remotamente e dirigiam quando precisavam sair para fazer coisas, como comprar mantimentos", diz.

Os cientistas usaram ainda sensores sísmicos e dados de mobilidade do Google, ainda que os resultados obtidos pela tecnologia da rede de fibra óptica tenham uma resolução maior. "Com os dados de mobilidade do Google, ficamos limitados a procurar por um ponto de dados para todo o condado. Com a nossa rede de alta densidade, podemos entender a variação de um ruído de uma quadra para a outra", pontua Zhu.

O estudo foi possível com a exploração de vários quilômetros de cabos de fibra óptica dos arredores, sendo aquelas encontradas com frequência para fornecer serviços de internet e telefonia para casas e empresas. Então, com a tecnologia de sistema de distribuição acústica, os pesquisadores enviaram lasers por dentro de uma das fibras de vidro que estavam dentro dos cabos, mostrando as mudanças provocadas pela pressão da energia do solo.

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Fonte: Penn State University, via Phys.org