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Cientistas usam bactérias magnéticas para combater tumores no organismo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 31 de Outubro de 2022 às 12h19

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Zozulinskyi/Envato
Zozulinskyi/Envato

Um novo estudo publicado na revista Science Robotics trouxe à tona um método inusitado para combater tumores: através de bactérias naturalmente magnéticas devido às partículas de óxido de ferro que contêm. Essas bactérias pertencem o gênero Magnetospirillum e respondem a campos magnéticos, podendo ser controladas por ímãs de fora do corpo.

Segundo o relatório, um campo magnético aplicado no tumor melhora a capacidade da bactéria de atravessar a parede vascular. Na prática, a parede do vaso sanguíneo é composta por uma camada de células e serve como uma barreira entre a corrente sanguínea e o tecido tumoral, que é permeado por muitos pequenos vasos sanguíneos.

Espaços estreitos entre essas células permitem que certas moléculas passem pela parede do vaso. O tamanho desses espaços intercelulares é regulado pelas células da parede do vaso, e eles podem ser temporariamente largos o suficiente para permitir que até mesmo as bactérias passem.

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Os pesquisadores conseguiram mostrar que impulsionar as bactérias usando um campo magnético rotativo é eficaz porque elas ficam em constantemente em movimento, viajando ao longo da parede vascular, o que aumenta as chances de encontrar as lacunas que se abrem brevemente entre as células da parede do vaso.

Uma vantagem é que, ao contrário de outros métodos, as bactérias não precisam ser rastreadas por meio de imagens. Uma vez que o campo magnético esteja posicionado sobre o tumor, ele não precisa ser reajustado. A ideia é que essas bactérias possam transportar medicamentos anticâncer no futuro.

No estudo, os pesquisadores simularam essa aplicação anexando lipossomas (nanoesferas de substâncias semelhantes a gordura) às bactérias, e marcaram esses lipossomas com um corante fluorescente, o que lhes permitiu demonstrar na placa de Petri que as bactérias realmente entregaram sua “carga” dentro do tecido canceroso, onde se acumularam.

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É claro que ainda há bastante estudo pela frente antes que isso possa ser utilizado para combater tumores em humanos, mas já é um primeiro passo.

Fonte: Science Robotics via Futurity