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Cientistas usam anticorpos para destruir células do envelhecimento; veja como

Por| Editado por Luciana Zaramela | 02 de Novembro de 2021 às 14h10

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jcomp/Freepik
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Ainda que seja um processo natural de qualquer ser vivo, cientistas ainda buscam pela fórmula que, supostamente, pode retardar o envelhecimento. Em um novo estudo, pesquisadores relatam ter descoberto uma forma de combater os efeitos degenerativos do envelhecimento e das doenças que surgem com ele.

O novo tratamento, segundo pesquisadores da Universidade de Leicester, na Inglaterra, é feito com anticorpos, e a terapia foi desenvolvida com base em uma classe existente de medicamentos chamados senolíticos, que já se mostraram promissores na eliminação das células senescentes, ou seja, de envelhecimento. Porém, por causarem problemas externos em outras partes do corpo, não havia uso clínico indicado.

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Para que a terapia fosse usada, os senolíticos precisam ser direcionados às células senescentes, sem atacar as células saudáveis. Então, Salvador Macip, autor sênior do estudo, desenvolveu uma mistura de medicamento e anticorpos que visa atacar um marcador de membrana chamado B2M, encontrado nas células de envelhecimento. Com o anticorpo conectado ao marcador, é liberada a droga citotóxica duocarmicina na célula, resultando na morte celular.

Os cientistas testaram o tratamento em células humanas, notando que somente as células senescentes foram o alvo, com as células normais permanecendo ilesas. "Os senolíticos são uma nova classe de medicamentos com grande potencial para melhorar o envelhecimento", diz Macip. Porém, os que encontramos até agora foram bastante inespecíficos e podem ter fortes efeitos colaterais. Copiando uma ideia já em uso em terapias contra o câncer, ajustamos um anticorpo para que ele reconhecesse essas células, depositando uma carga tóxica especificamente para elas", completa.

O estudo destaca somente uma prova de conceito inicial, com novos testes sendo feitos futuramente para aprimorar a terapia e, quem sabe, passar a ser um tratamento definitivo. A pesquisa foi publicada na Scientific Reports.

Fonte: IFL Science