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Cientistas investigam COVID-19 em animais selvagens

Por| 23 de Janeiro de 2021 às 18h00

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TheOtherKev/Pixabay
TheOtherKev/Pixabay

Em abril, uma tigresa-malaia do Zoológico do Bronx, em Nova York, foi o primeiro animal a ser registrado com COVID-19 nos Estados Unidos. O animal, chamado Nadia, de quatro anos de idade, convivia com outros seis tigres e leões que também ficaram doentes. A contaminação aconteceu pela presença de um funcionário do zoológico que ainda não apresentava sintomas da doença. Vários meses depois desse ocorrido, cientistas têm investigado a infecção em animais selvagens, sem ter certeza de como o coronavírus afeta os animais.

Os especialistas também almejam entender se a infecção do coronavírus em espécies diferentes pode ser uma ferramenta importante na luta para deter a pandemia. Em entrevsta ao The Conversation, dois cientistas da Universidade Tufts — Jonathan Runstadler e Kaitlin Sawatzki — contaram que estão monitorando sistematicamente como e quando um processo chamado adaptação do hospedeiro (os vírus sob mutações à medida que saltam entre espécies diferentes) acontece em animais selvagens.

“Embora ainda não esteja claro qual impacto essas mutações podem ter sobre as doenças humanas ou a vacina. Esses são sinais de adaptação do hospedeiro que podem permitir que novas variantes do vírus persistam e reemergam de hospedeiros animais no futuro", dissertaram os especialistas.

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Os dois estão coletando amostras de veterinários e outros pesquisadores que trabalham com animais selvagens em busca de sinais do coronavírus. Depois de examinar amostras de 300 animais entre 20 espécies, incluindo morcegos, coiotes e focas, eles não encontraram um único caso positivo.

No entanto, sabemos que animais selvagens podem ser infectados. Em novembro, o governo da Dinamarca anunciou o sacrifício de milhões de visons em mais de 1.000 fazendas, citando preocupações de que uma mutação no coronavírus poderia interferir na eficácia de uma vacina para humanos. Os visons são da família das doninhas, junto com os furões, e se mostraram facilmente infectados com o coronavírus. Os visons também foram infectados em outros países, incluindo a Holanda e alguns estados dos EUA. Milhares de visons foram mortos em Utah por causa de um surto de coronavírus, mas as autoridades de lá disseram que não parecia que o vison transmitiu o vírus para humanos, mas o contrário.

Fonte: The Conversation via Futurism