Publicidade

Cientistas encontram metais tóxicos em chocolates de marcas famosas

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

Compartilhe:
Kuban-Kuban/Envato Elements
Kuban-Kuban/Envato Elements

Em novo artigo publicado na revista científica Consumer Reports, um grupo de especialistas levantou um alerta: existem fragmentos de metais pesados e tóxicos em chocolates de marcas famosas como Hershey's e Lindt. Esses materiais estão relacionados a uma ampla gama de problemas de saúde.

Quando os pesquisadores analisaram 28 barras de chocolate amargo, encontraram em simplesmente todas um elemento natural chamado cádmio, que costuma estar presente no solo e se infiltra nos grãos de cacau. Além disso, outro material encontrado nas barras foi o chumbo. Mas o chumbo parece entrar no cacau depois que os grãos são colhidos. Os pesquisadores descobriram que o metal estava normalmente na casca externa do grão de cacau, não na polpa do fruto.

Conforme alertam os autores do estudo, consumir esses elementos pode resultar em problemas pulmonares, cognitivos, câncer e até morte precoce.

Canaltech
O Canaltech está no WhatsApp!Entre no canal e acompanhe notícias e dicas de tecnologia
Continua após a publicidade

Uma das principais preocupações dos especialistas, inclusive, é a exposição a longo prazo. Acontece que o chumbo, por exemplo, pode desencadear perda de memória, pressão alta, dor abdominal e oscilações de humor. No público infantil, os impactos negativos podem ser ainda mais notáveis, como danos cerebrais e ao sistema nervoso central, levando a problemas de aprendizado e comportamento.

Conforme sugere o estudo, para 23 das barras analisadas, o consumo de apenas 30 gramas por dia já levaria a uma exposição em um nível considerado prejudicial pelas autoridades de saúde pública.

Todo chocolate tem chumbo e cádmio?

Embora todas as barras de chocolate analisadas tenham apontado uma taxa mínima de chumbo e cádmio, nem todas tiveram níveis alarmantes da substância: cinco delas foram relativamente baixas para ambos os materiais, o que já mostra a possibilidade de fabricar esses produtos com menores quantidades de metais tóxicos.

No relatório, os autores nos apresentam uma lista com as opções mais perigosas e as mais seguras, no que diz respeito à taxa de cádmio e chumbo:

Alerta vermelho: chocolates com alto índice de cádmio

  • Beyond Good Organic Pure Dark Chocolate 70% Cacau
  • Beyond Good Organic Pure Dark Chocolate 80% Cacau
  • Chocolate Extra Amargo Orgânico Equal Exchange 80% Cacau
  • Lindt Excellence Chocolate Amargo 70% Cacau
  • Scharffen Berger Chocolate Extra Amargo 82% Cacau
  • Chocolate Amargo Orgânico Alter Eco Classic Blackout 85% Cacau
  • Pascha Chocolate Muito Amargo Orgânico 85% Cacau
  • Dove Promete Chocolate Amargo Mais Profundo 70% Cacau
Continua após a publicidade

Alerta vermelho: chocolates com alto índice de chumbo

  • Tony's Chocolonely Dark Chocolate 70% Cacau
  • Chocolate Extra Amargo Lily's 70% Cacau
  • Godiva Signature Chocolate Amargo 72% Cacau
  • Chocolove Chocolate Amargo Forte 70% Cacau
  • Chocolate Amargo Lindt Excellence 85% Cacau
  • Endangered Species Bold + Silky Dark Chocolate 72% Cacau
  • Chocolate Amargo Trader Joe's 72% Cacau
  • Hu Chocolate Amargo Simples Orgânico 70% Cacau
  • Chocolove Extreme Chocolate Amargo 88% Cacau
  • Chocolate meio amargo especial Hershey's

Chocolates mais seguros

  • Mast Organic Dark Chocolate 80% Cacau
  • Taza Chocolate Orgânico Chocolate Deliciosamente Amargo 70% Cacau
  • Ghirardelli Chocolate Amargo Intenso 85% Cacau
  • Ghirardelli Intense Dark Chocolate Twilight Delight 72% Cacau
  • Valrhona Abinao Chocolate Amargo 85% Cacau
Continua após a publicidade

Em vez de consumir o chocolate amargo por seus conhecidos benefícios à saúde, a Consumer Reports anunciou que é preciso fazer uma dieta bem equilibrada. "Mudar os alimentos que você come pode ajudar a evitar o consumo excessivo de metais pesados ​​de outras fontes. Uvas, maçãs, chá verde e alguns outros alimentos saudáveis ​​podem até fornecer alguns dos mesmos flavonoides que o chocolate fornece", conclui.

Fonte: Consumer Reports via New York Post; CDC