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Cientistas detectam Alzheimer precocemente através de exame de sangue

Por| Editado por Luciana Zaramela | 09 de Dezembro de 2022 às 17h43

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grafvision/envato
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No início do ano, cientistas chegaram a detectar uma enzima relacionada ao Alzheimer, através de exames de sangue. Em um novo estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences na quinta-feira (8), outra equipe de pesquisadores desenvolveu um teste de laboratório capaz de verificar os níveis de uma proteína tóxica associada ao desenvolvimento da doença.

Essa proteína tóxica, chamada de oligômero, mostrou presença no sangue de 11 participantes. A equipe submeteu todos a um exame de acompanhamento, e dez deles foram diagnosticados com sintomas de Alzheimer, como comprometimento cognitivo.

Por enquanto, a ciência ainda não conseguiu encontrar uma cura para o Alzheimer. No entanto, o novo teste representa avanços nessa luta, levando em consideração que fornece informações sobre como encontrar um diagnóstico para a doença antes que os sintomas se tornem perceptíveis (o que os médicos chamam de detecção precoce).

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Em estudos anteriores, esse mesmo pessoal conduziu testes em amostras de sangue de 310 pessoas, só que nenhum dos indivíduos apresentou qualquer comprometimento cognitivo. Mas para poder desenvolver esse teste, os pesquisadores detectaram oligômeros no sangue de pessoas que já morreram, mas que em vida, tinham sido diagnosticadas com a doença.

Tendo em mente a eficácia do teste, uma empresa chamada ALTPep demonstrou interesse em tocar o projeto. Uma das ideias é modificar o exame para detectar também algumas proteínas tóxicas encontradas na doença de Parkinson.

Tudo o que você precisa saber sobre Alzheimer

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Por ano, são diagnosticados pelo menos 10 milhões de novos casos de declínio das funções cognitivas. Desse total, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 60% a 70% correspondam a quadros de Alzheimer.

Por enquanto, a ciência busca entender o Alzheimer a partir do comportamento de duas proteínas: a beta-amiloide, que parece ter um efeito tóxico nos neurônios ao interromper a comunicação célula a célula, e a tau, que se organiza em estruturas prejudiciais ao sistema de transporte de nutrientes e outras substâncias essenciais entre os neurônios.

No momento, as estratégias adotadas envolvem desacelerar a evolução do quadro de demência. Assim, abordagens multidisciplinares são necessárias para garantir o máximo de qualidade de vida dos pacientes. Para ficar a par da situação, o Canaltech já separou tudo o que você precisa saber sobre Alzheimer.

Fonte: Interesting Engineering