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Cientistas descobrem genes diretamente relacionados à esquizofrenia

Por| Editado por Luciana Zaramela | 14 de Abril de 2022 às 13h30

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bialasiewicz/envato
bialasiewicz/envato

Em estudo publicado na última sexta-feira (8) na revista Nature, cientistas do Psychiatric Genomics Consortium (Consórcio de Genômica Psiquiátrica, constituído por uma equipe de 45 países diferentes) identificaram genes diretamente relacionados com a esquizofrenia. Para chegar a isso, a equipe analisou o DNA de 76.755 pessoas diagnosticadas com o transtorno e 243.649 sem esse diagnóstico.

Ao todo, os pesquisadores encontraram associações genéticas em 287 regiões diferentes do DNA, com direito a 120 genes capazes de contribuir fortemente para o distúrbio. De acordo com o artigo, o risco genético da esquizofrenia se concentra nos neurônios, mas não em qualquer outro tipo de tecido ou célula, o que sugere que esses genes específicos do cérebro podem ajudar no surgimento de novas terapias.

Isso pode ser de suma importância para a área em questão, considerando que, de acordo com os próprios especialistas, grande parte dos pacientes com esquizofrenia não apresenta uma resposta satisfatória aos tratamentos atuais. O artigo permitiu concluir que 24% da origem da doença pode ser atribuída a um tipo de variante genética chamada SNVs (do inglês Single Nucleotide Variants).

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Apesar do grande número de variantes genéticas envolvidas na esquizofrenia, os pesquisadores apontaram os neurônios como o local mais importante da doença. Com isso, a função anormal dos neurônios na esquizofrenia também espalha consequências por diversas áreas do cérebro, levando aos sintomas característicos, como alucinações e delírios.

Em paralelo, outro estudo publicado na mesma edição da Nature examinou genes e aspectos que se sobrepõem a outras doenças de neurodesenvolvimento, como autismo.

Esquizofrenia

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Por enquanto, a medicina ainda não descobriu a causa da esquizofrenia, mas atribui à combinação de alguns fatores hereditários, considerando que parentes de primeiro grau de um esquizofrênico têm mais chances de desenvolver a doença. Complicações da gravidez e do parto também podem desencadeá-la.

Atualmente, o controle da esquizofrenia é feito por meio de duas abordagens: medicamentosa (que se divide em antipsicóticos ou neurolépticos) e psicossocial.

Fonte: Nature, Unifesp