Cientistas descobrem gene que é a chave da longevidade
Por Nathan Vieira • Editado por Luciana Zaramela |
Já faz um tempo que os cientistas querem saber qual é a chave da longevidade, e uma descoberta publicada na revista Nature Aging no útlimo dia 29 pode finalmente trazer esclarecimentos: pesquisadores notaram que a exclusão de uma proteína chamada S6K1 pode reduzir a inflamação e estender a vida útil.
Isso funciona porque a S6K1 é uma proteína que desempenha um papel na regulação do envelhecimento e doenças relacionadas à idade.
No estudo feito com roedores, os cientistas da University of Tübingen (Alemanha) perceberam que a inibição dessa proteína replicou benefícios à saúde da restrição calórica, incluindo menor gordura corporal, ossos mais fortes e maior resistência ao diabetes.
A experiência foi pautada especificamente na exclusão do gene S6K1 em fígados de camundongos já envelhecidos.
Conforme apontam os autores, o que acontece é que a S6K1 é um alvo-chave da via de sinalização mTOR, responsável por regular o crescimento e o metabolismo em resposta a nutrientes e estresse.
A via também influencia a senescência celular, então à medida que envelhecemos, as células acumulam e liberam altos níveis de proteínas inflamatórias.
A ideia por trás do estudo é que a descoberta possa ajudar nossa compreensão do envelhecimento e tenha potencial para tratar doenças relacionadas à idade.
Próximos passos
Agora que os princípios da exclusão de S6K1 foram estabelecidos no tecido hepático, a equipe planeja fazer estudos de acompanhamento para determinar se a mesma coisa está acontecendo em outros tecidos do corpo.
Sob o ponto de vista dos próprios pesquisadores, aumentar a compreensão da interação entre metabolismo, senescência e inflamação é "um primeiro passo fundamental para projetar terapias sinérgicas racionais que podem ser usadas para tratar doenças do envelhecimento.”
Longevidade
A ciência já mostrou os melhores hábitos para garantir 24 anos a mais na longevidade, e está sempre em busca de conhecimentos que possam ajudar a entender esse conceito tão complexo. Recentemente, um artigo revelou os 5 tipos de envelhecimento após analisar 50 mil cérebros, o que também pode fornecer informações úteis a longo prazo.
Fonte: Nature Aging