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Cientistas descobrem célula capaz de turbinar cicatrização

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Diana Polekhina/Unsplash
Diana Polekhina/Unsplash

A cicatrização de feridas é normalmente algo lento e demorado, mas pesquisadores do South Australian Health and Medical Research Institute (Sahmri) podem ter descoberto uma forma de turbinar esse processo. Em testes com animais, a nova solução envolve um tipo de célula recém-identificada e, no futuro, deve auxiliar pacientes diabéticos com feridas crônicas.

Há anos, a ciência já sabe que as células-tronco podem se diferenciar, virando praticamente qualquer tipo de célula do organismo. De forma menos ampla, a nova célula pode se diferenciar em dois outros tipos de células especializadas e, provisoriamente, foi apelidada de progenitora “EndoMac”.

Como indica o estudo publicado na revista Nature Communications, essa célula se transforma em um tipo de célula que forma os vasos sanguíneos, chamada de célula endotelial (“Endo”). Também pode se diferenciar em uma célula imune (glóbulo branco) responsável pelo reparo de tecidos, conhecida como macrófago (“Mac”). Daí, o nome “EndoMac”.

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Os dois tipos de células derivadas dessas progenitoras são fundamentais em um bom e rápido processo de cicatrização. Então, a ideia é adicionar a célula-mãe em machucados de pessoas com diabetes, como se fosse um curativo. 

Tratamento de feridas em diabéticos

A nova célula progenitora foi descoberta na camada externa da aorta de camundongos adultos pela equipe de pesquisadores australianos. Por isso, os primeiros testes com a solução que turbina a cicatrização começaram com os roedores.

O grupo isolou as células progenitoras e as cultivou em laboratório. Após se multiplicarem, foram transplantadas para áreas com feridas que não se cicatrizavam em camundongos diabéticos. O problema pode levar à amputação de membros em humanos.

“Quando transplantamos essas progenitoras para feridas diabéticas, vimos uma melhora dramática na cicatrização em poucos dias”, afirma Sanuri Liyange, pesquisadora do Sahmri e autora do estudo, em nota. “Em teoria, isso pode se tornar um divisor de águas para pacientes que sofrem de feridas crônicas” acrescenta. Outras soluções emergentes envolvem o uso de eletricidade para aumentar a eficácia do processo.

Agora, o grupo busca entender se essas células progenitoras também auxiliam no processo de recuperação de músculos e se existe uma célula equivalente a essa em humanos. “Estamos animados para continuar explorando o potencial da descoberta”, completa Liyange.

Fonte: Sahmri