Cientistas criaram estes minicérebros, que agora desenvolveram estes mini-olhos
Por Nathan Vieira • Editado por Luciana Zaramela |
Cientistas do University Hospital Düsseldorf, na Alemanha, estão cultivando em laboratório minicérebros constituídos a partir de células-tronco. A ideia é entender melhor o processo de diferenciação e desenvolvimento ocular, bem como as doenças oculares.
- Neurosensores do tamanho de um grão de sal prometem restaurar danos cerebrais
- 6 mitos sobre o cérebro humano
- O que é paralisia cerebral? Quais as causas? Tem tratamento?
Os minicérebros são organoides de origem humana cultivados em placas de laboratório. Neles, duas pequeninas estruturas ópticas bilateralmente simétricas começaram a se desenvolver, refletindo o crescimento das estruturas dos olhos em embriões humanos. Graças a esse experimento, os organoides poderão ajudar cientistas a estudar as interações cérebro-olho durante o desenvolvimento embrionário, modelar distúrbios retinais congênitos e gerar tipos de células retinais específicas do paciente para testes de remédios personalizados e terapias de transplante.
Organoide cerebral é um cérebro em miniatura?
Não exatamente. Organoides cerebrais não são cérebros verdadeiros: são pequenas estruturas cultivadas a partir de células-tronco colhidas de humanos adultos e submetidas à engenharia reversa, com potencial de crescer em muitos tipos diferentes de tecido. São estruturas simplificadas, e não apenas no tamanho.
Nesse caso, essas células-tronco são induzidas a crescer em bolhas de tecido cerebral, sem nada que se pareça com pensamentos, emoções ou consciência. Esses minicérebros são usados para fins de pesquisa em que o uso de cérebros vivos reais seria impossível.
"O desenvolvimento do olho é um processo complexo e compreendê-lo pode permitir a sustentação da base molecular das doenças retinianas iniciais", escreveram os pesquisadores.
Fonte: ScienceAlert