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Cientistas criam microagulha ocular para tratar doenças graves

Por| Editado por Luciana Zaramela | 20 de Junho de 2022 às 12h32

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Umesh Soni/Unsplash
Umesh Soni/Unsplash

Na última sexta-feira (17), cientistas do Terasaki Institute (EUA) anunciaram a criação de uma microagulha ocular auto-plugável capaz de tratar problemas de visão. A ideia é evitar questões como infecções e danos ao tecido ocular na hora de injetar medicamentos.

A nova microagulha é biodegradável, revestida por imersão com um medicamento terapêutico para liberação após a inserção no globo ocular, e também pode ser equipada com um hidrogel especial que veda simultaneamente a pequena abertura feita.

A técnica teve um bom desempenho em testes pré-clínicos, e "pode evitar problemas associados ao uso de agulhas para tratar doenças oculares graves", segundo os cientistas envolvidos. Na prática, a chamada 'injeção intravítrea' coloca a droga no vítreo (fluido gelatinoso que enche o globo ocular) e pode ajudar desde degeneração macular relacionada à idade (DMRI) até doença ocular diabética.

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Em vez de sujeitar o paciente a múltiplas injeções com risco de infecção entre os tratamentos, a microagulha ultrafina permanece no olho e eventualmente se biodegrada. O medicamento é liberado aos poucos, enquanto a tecnologia se mantém inserida na área dos olhos.

Testes com a microagulha ocular

Para testar a eficácia e a segurança da microagulha, a equipe utilizou olhos de porcos. Através do experimento, foi possível ver que o orifício foi selado imediatamente após a injeção e o medicamento se espalhou pelo olho conforme previsto. O próximo passo foi inserir a microagulha em porcos vivos, e não houve vazamento ou inflamação no local. Mesmo uma semana depois, a agulha ainda estava alojada no mesmo lugar.

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"Os dados indicam que o medicamento da ponta da microagulha auto-plugável foi disperso com sucesso através do vítreo e da retina", afirmam os cientistas. No entanto, ainda há um longo caminho até que a tecnologia esteja disponível para os seres humanos.

Fonte: Terasaki Institute, Science Alert