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Cientistas alemães conseguem fazer com que ratos paralíticos voltem a andar

Por| 23 de Janeiro de 2021 às 09h00

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 Varga / Pixabay
Varga / Pixabay

Tecnologia e ciências médicas têm se unido cada vez mais. Mas e se a tecnologia e a ciência, juntas, permitissem que uma pessoa paralítica pudesse voltar a caminhar? Graças a uma proteína geneticamente modificada, uma equipe de cientistas da Ruhr-University Bochum (RUB) da Alemanha esteve uma etapa mais perto de proporcionar isso. Acontece que a equipe foi capaz de reparar nervos da medula espinhal completamente rompidos em camundongos, permitindo que eles andassem novamente mesmo após paralisia total, por meio de uma pesquisa publicada na semana passada na revista Nature Communications.

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Esse marco na ciência sugere que um dia possa haver um tratamento para danos nervosos ou paralisia em humanos, embora ainda haja muito trabalho a ser feito antes que se torne uma possibilidade remota. Ainda assim, a maioria dos tratamentos e pesquisas de danos aos nervos envolve o reforço de nervos danificados ou parcialmente rompidos, e este novo tratamento é o primeiro a ajudar o nervo original a crescer novamente.

O avanço está relacionado a uma proteína chamada hiperinterleucina-6 geneticamente modificada, que ajuda a estimular o crescimento neuronal. Usando um vetor de terapia genética injetado no cérebro dos camundongos, os cientistas implantaram a sequência genética necessária para produzir essa proteína em regeneração. As células dos ratos começaram a produzir tal proteína, que curou lesões nervosas anteriormente intratáveis ​​à medida que se propagava por todo o corpo.

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“No final das contas, isso permitiu que os animais anteriormente paralisados ​​que receberam este tratamento começassem a andar depois de duas a três semanas. Isso foi uma grande surpresa para nós no início, pois nunca havia sido possível antes, após paraplegia total", disse o fisiologista e autor principal do estudo, Dietmar Fischer, em um comunicado à imprensa norte-americana.

O próximo passo da equipe, de acordo com o comunicado em questão, é verificar se a terapia genética curará camundongos semanas após a lesão na medula espinhal, em vez de imediatamente após, como fez neste novo estudo. “Este aspecto seria particularmente relevante para aplicação em humanos. Estamos agora desbravando novos caminhos científicos. Esses experimentos adicionais irão mostrar, entre outras coisas, se será possível transferir essas novas abordagens para humanos no futuro", finalizou o cientista.

Fonte: Medical Xpress via Futurism