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Ciborguismo: o quanto as pessoas estão dispostas a se modificarem?

Por| 03 de Novembro de 2020 às 23h00

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Darlene Alderson/Pexels
Darlene Alderson/Pexels
Tudo sobre Kaspersky

Tecnologias ciborgues — a mistura de um organismo orgânico com partes robóticas e cibernéticas — já são uma realidade para um seleto grupo da humanidade. Cada vez mais conhecidas, a aceitação dessas modificações também cresce, pelo menos é o que aponta o recente relatório da Kaspersky feito na Europa. Segundo a pesquisa, 92% dos entrevistados mudariam sua aparência se pudessem, enquanto 63% consideraria turbinar suas habilidades físicas implantando algum dispositivo em seus corpos, de forma permanente ou temporária.

Essas são só algumas das conclusões que o estudo The Future of Human Augmentation 2020, promovido pela Kaspersky, trouxe à tona. Parte do ciborguismo, a pesquisa investigou a aceitação do Human Augmentation, que é um conceito definido como o processo de aperfeiçoamento das habilidades humanas — tanto físicas quanto mentais — através da tecnologia.

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"O Human Augmentation é uma das principais e mais importantes tendências tecnológicas hoje em dia. Estamos vendo uma ampla gama de aplicações práticas para ela, como nas áreas da saúde, serviços sociais, esporte, educação ou transportes. Os exoesqueletos para bombeiros e outros profissionais de resgate ou o bioprinting de órgãos são alguns exemplos", aponta Marco Preuss, diretor europeu da GReAT (sigla em inglês para Equipe de Investigação e Análise Global da Kaspersky).

Para o levantamento, participaram da pesquisa 14,5 mil pessoas, entre os dias 9 e 27 de julho deste ano, originárias de 16 países: Alemanha; Áustria; Bélgica; Dinamarca; Espanha; França; Grécia; Hungria; Itália; Marrocos; Países Baixos; Portugal; Reino Unido; República Checa; România; e Suíça.

O futuro é ciborgue?

Antes assunto de ficção científica e de séries distópicas como Years and Years, o conceito se torna cada vez mais natural frente aos avanços da tecnologia. De acordo com a pesquisa, a maioria dos entrevistados gostaria que essa tendência fosse usada para o bem da humanidade e 53% para melhorar a qualidade de vida. Entre os tópicos mais buscados para o upgrade estão: a saúde física como um todo (40%) e a visão (33%).

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"Contudo, não podemos esquecer — como em tudo o que envolve tecnologia — que são necessários padrões de segurança comuns para garantir todo o potencial do Human Augmentation, minimizando ao máximo os riscos", reflete Preuss sobre o futuro ciborgue. Na pesquisa, 88% das pessoas tinham medo que seus corpos pudessem ser hackeados por cibercriminosos.

"Ao longo da história, os cibercriminosos sempre exploraram as novas tecnologias e com o Human Augmentation certamente não será diferente, embora esses avanços tenham sido geralmente positivos para a Humanidade. Posto isso, devemos permanecer vigilantes em relação às tentativas de utilização mal-intencionadas dessa tecnologia ou de ataques de segurança quando se tornar uma realidade cotidiana", comenta David Jacoby, Investigador Sênior de Segurança do GReAT.

Medos, anseios e curiosidades

Uma questão bastante significativa sobre ciborguismo é o receio de que esses avanços só estejam disponíveis para os ricos (69%), potencialmente criando uma cisão entre as sociedades humanas. Além disso, quase metade dos entrevistados (47%) considera que as entidades governamentais deveriam regular essa. Nesse sentido, o Reino Unido é o país mais favorável à intervenção do Governo nesse tema (77%), enquanto a Grécia é o que mais se opõe (17%).

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De forma geral, um terço das pessoas (33%) entrevistadas reconhece seu entusiasmo pelo Human Augmentation, o que demonstra a popularidade da questão e que, se for possível apostar, o tema será cada vez mais central no debate público. Entre os preocupados com esse futuro, o receio é maior entre as mulheres (21%) do que entre os homens (15%).