Publicidade

Certidão de óbito da rainha Elizabeth II diz que ela morreu "de velhice"

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

Compartilhe:
Palácio de Buckingham/Divulgação
Palácio de Buckingham/Divulgação

O Registro Nacional da Escócia emitiu o certificado de óbito da falecida Rainha Elizabeth II, que, assim como os certificados de todos os outros britânicos, é público e pode ser consultado por qualquer um. Nele, podemos ver muitas informações interessantes, como a causa da morte da monarca: o registro afirma que ela faleceu "de velhice".

Como é morrer de velhice?

Canaltech
O Canaltech está no WhatsApp!Entre no canal e acompanhe notícias e dicas de tecnologia
Continua após a publicidade

As informações sobre a saúde da monarca eram bem privativas quando ela estava viva, e continua um certo segredo após sua morte, representado pela causa da morte definida como "velhice", sem outros detalhes. Segundo médicos, uma causa mortis dessas é dada apenas em algumas circunstâncias bem específicas.

Geralmente, alguém que morre de velhice é acompanhado por um médico ou cuidador por longos períodos, onde há uma piora do estado de saúde de forma gradual e contínua, ou quando o profissional de saúde não consegue identificar qualquer doença ou ferimento que possa ter contribuído para o falecimento.

Outras curiosidades incluem o fato de que o certificado de óbito coloca, no campo "Ocupação" da falecida, "Sua Majestade, a Rainha", que também foi registrada como viúva. Nos nomes e ocupações de seus pais, lê-se: Albert Frederick Arthur George Windsor, de ocupação "Rei George VI", e Elizabeth Angela Marguerite Bowes-Lyon, ocupação "Rainha Elizabeth, a Rainha Mãe".

Horários e registro da morte de Elizabeth II

A morte da rainha foi registrada como tendo ocorrido às 15:10 h do horário de Londres, no dia 8 de setembro de 2022, no castelo de Balmoral, aos 96 anos. No Brasil, seriam 11:10 h da manhã. A Princesa Anne, filha da soberana, está nos registros como a pessoa que proveu as informações sobre o falecimento às autoridades.

O médico que certificou a morte de Elizabeth II em Balmoral, no condado de Aberdeen (oficialmente Aberdeenshire) foi Douglas Glass, que o Palácio de Buckingham define como "apotecário da rainha". Apotecário é um termo arcaico para farmacêutico, alguém que preparava remédios e elixires para os doentes, antes da medicina moderna existir.

O momento da morte confirma algumas suspeitas sobre o fatídico dia 8 de setembro. O estado de saúde da rainha chamava atenção e gerava manchetes: o Palácio de Buckingham anunciou o falecimento oficialmente às 18:30 h, ou seja, 14:30 h no Brasil. No relato, era dito que ela havia morrido pacificamente em Balmoral, na mesma tarde. Há registros de que a primeira-ministra, Liz Truss, havia sido notificada privadamente às 16:30 h, ou 12:30 h no horário de Brasília.

Continua após a publicidade

Na mesma tarde, a família da rainha já estava se dirigindo a Balmoral, devido a informações sobre sua saúde. Num aviso do Palácio dado às 12:32 h (8:32 h da manhã, no Brasil), relatava-se preocupação sobre a saúde de Elizabeth II, mas ainda informando que ela estava confortável e sob supervisão médica.

Consultando os horários, pode-se supor que os netos da monarca ainda estavam a caminho quando ela faleceu, enquanto Charles e Anne já estavam com sua mãe. Os príncipes William, Andrew e Edward, com a esposa Sophia, chegaram a Balmoral às 17:00 h, ou 13:00 h no horário de Brasília.

A morte foi registrada pelo escrivão em Aberdeenshire no dia 16 de setembro, quando o corpo da rainha já descansava na Abadia de Westminster, em Londres. A certidão de óbito foi liberada no mesmo dia em que o público pôde ver o local de descanso da monarca pela primeira vez. No Castelo de Windsor, sobre a capela memorial do Rei George VI, seu pai, há uma placa de pedra com letras douradas com o nome de Elizabeth II entalhado.

Continua após a publicidade

Fonte: BBC