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Não, o cérebro humano não encolheu nos últimos milênios, afirmam cientistas

Por| Editado por Luciana Zaramela | 09 de Agosto de 2022 às 10h00

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cookelma/envato
cookelma/envato

Um novo estudo publicado na revista científica Frontiers in Ecology and Evolution chegou para refutar uma hipótese que se estabelecera, de que o cérebro encolheu nos últimos 3 mil anos. Conforme descreve o artigo, o tamanho do órgão não está menor nem em comparação com 300 mil anos atrás.

Até então, o argumento era de que a capacidade de nossos ancestrais de armazenar informações externamente em grupos sociais diminuiu nossa necessidade de manter um cérebro grande. A hipótese foi baseada em uma comparação com padrões evolutivos observados em colônias de formigas. No novo artigo, a equipe analisou o mesmo conjunto de dados.

“Ficamos impressionados com as implicações de uma redução substancial no tamanho do cérebro humano moderno cerca de 3 mil anos atrás, durante uma era de muitas inovações importantes e eventos históricos, como o surgimento do Novo Reino do Egito, o desenvolvimento da escrita chinesa, a Guerra de Troia, e o surgimento da civilização olmeca, entre muitos outros”, dissertam os pesquisadores.

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“Reexaminamos o conjunto de dados e descobrimos que o tamanho do cérebro humano não mudou em 30 mil anos, e provavelmente não em 300 mil anos. Na verdade, com base neste conjunto de dados, não podemos identificar redução no tamanho do cérebro em humanos modernos em qualquer período de tempo desde as origens de nossa espécie”, completaram.

Segundo a equipe, a ascensão da agricultura e sociedades complexas ocorreram em diferentes épocas ao redor do mundo, o que sugere variação no momento das mudanças no crânio observadas em diferentes populações. No entanto, metade dos 987 crânios examinados representam apenas os últimos 100 anos de um período de 9,8 milhões de anos — e, portanto, não dão aos cientistas uma boa ideia de quanto o tamanho do cérebro mudou ao longo do tempo.

Fonte: Frontiers in Ecology and Evolution via Phys.org