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Centaurus: variante BA.2.75 é furtiva e pode escapar melhor do sistema imune

Por| Editado por Luciana Zaramela | 08 de Julho de 2022 às 17h03

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RW Footage/Envato
RW Footage/Envato

Uma nova subvariante da ômicron, BA.2.75 — também chamada de Centaurus — começou a se proliferar em alguns países, como Estados Unidos, Índia, Austrália, Canadá, Nova Zelândia e Reino Unido. O Centro de Detecção e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA e a Organização Mundial da Saúde (OMS) têm monitorado a situação e acreditam que a variante seja a que melhor escapa ao sistema imune humano até o momento.

Com casos reportados em cerca de 10 países, a BA.2.75 ainda não é considerada uma variante de preocupação, no entanto, mas não há dados muito específicos sobre sua transmissibilidade, severidade e potencial para evasão imune. Variantes prevalecentes no momento, como a BA.5 e BA.4, mostram capacidades mais apuradas de contornar imunização por vacinas e infecções anteriores, o que gera a teoria sobre a Centaurus.

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Preocupações com a BA.2.75

Enquanto alguns especialistas alertam para o perigo de uma nova variante, outros acreditam que a transmissão da BA.2.75 só irá continuar até ela esbarrar na BA.5 e entre em uma competição pela infecção, sendo provavelmente sobrepujada por outra variante mais transmissível, se tornando um mero problema local.

Isso já aconteceu com a BA.2.12.1 nos EUA: essa subvariante "furtiva" surgiu e ficou dominante durante o mês de maio, sendo jogada de escanteio pelas BA.4 e BA.5 no final de junho. Segundo especialistas, a severidade da Centaurus não deve ser motivo de preocupação, já que não é um fator importante na seleção natural do vírus: pessoas com casos graves normalmente ficam em casa ou no hospital, transmitindo menos o vírus do que os casos mais leves.

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A BA.2.75 foi detectada pela primeira vez na Índia, no início do mês de junho. Junto às mutações comuns da variante Ômicron, ela tem 9 mudanças adicionais, nenhuma preocupante individualmente. Caso apareçam todas de uma vez, pode haver motivo para preocupação, segundo especialistas como Tom Peacock, virologista no Departamento de Doenças Infecciosas do Imperial College in London.

No momento, a variante BA.5 predomina na maioria dos países, sendo a mais eficiente em contornar o sistema imune até agora. Um estudo recente na África do Sul mostrou que os não-vacinados infectados pela Ômicron tinha 8 vezes menos anticorpos neutralizantes quando expostos à BA.4 e BA.5 (quando comparados com variantes anteriores). Os vacinados e infectados anteriormente ficaram um pouco melhor, com apenas 3 vezes menos anticorpos.

Fonte: CDC, University of Minnesota