Ômicron: subvariante BA.2.75 chega a seis países e chama atenção da OMS

Uma nova subvariante da Ômicron foi detectada em seis países: a BA.2.75. A informação foi divulgada durante uma coletiva realizada na última quarta-feira (6) pelo diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.

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A BA.2.75 é um subtipo da família BA.2, que foi detectada pela primeira vez na Índia, e já está presente em lugares como Japão, Alemanha, Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia. Com isso em mente, a OMS se concentra em monitorar a situação.

"Na Europa e na América, BA.4 e BA.5 estão impulsionando as ondas”, disse o porta-voz. “Em países como a Índia, também foi detectada uma nova sublinhagem de BA.2.75, que estamos acompanhando", afirmou Ghebreyesus. Segundo o anúncio, os casos de Covid-19 tiveram um aumento de quase 30% nas últimas duas semanas, ao redor do mundo.

De acordo com Soumya Swaminathan, cientista-chefe da OMS, ainda há sequências limitadas disponíveis da subvariante para analisar, mas BA.2.75 “parece ter algumas mutações no domínio de ligação ao receptor da proteína spike”, que facilita a entrada do vírus nas células.

A especialista ressalta a importância de seguir o monitoramento. “Obviamente, essa é uma parte fundamental do vírus que se liga ao receptor humano, portanto, temos que observar isso. Ainda é muito cedo para saber se essa subvariante tem propriedades de evasão imunológica adicional ou mesmo de ser clinicamente mais grave. Não sabemos disso", aponta.

No entanto, segundo a declaração de Swaminathan, o Grupo Consultivo Técnico responsável pelo acompanhamento dos dados globais deve anunciar se houver o surgimento de um vírus que pareça muito diferente de um anterior, o suficiente para ser chamado de uma variante separada de preocupação.

BA.2 no Brasil

A linhagem BA.2 da Ômicron já se tornou predominante no Brasil, substituindo a BA.1, resultando em mais de 70% dos genomas sequenciados no país em abril e maio. Até o momento, 1.917 linhagens do coronavírus causador da covid-19 já foram caracterizadas, mas é válido lembrar que apenas uma parcela tem impacto significativo na saúde pública.

Fonte: OMS