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Cannabis pode proteger células cerebrais de danos oxidativos

Por| Editado por Luciana Zaramela | 26 de Janeiro de 2022 às 13h20

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Kindel Media/Pexels
Kindel Media/Pexels

Um estudo publicado na última quinta-feira (20) na revista científica Free Radical Biology and Medicine sugeriu que o canabinol — CBN, substância extraída da planta Cannabis — tem potencial para proteger céulas cerebrais de danos oxidativos, o que pode acarretar em futuras terapias voltadas ao tratamento de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer.

No estudo, a equipe analisou o processo de danos oxidativos nas células cerebrais, que podem ser desencadeados pela perda gradual de um antioxidante chamado glutationa, e tratou as células nervosas com o CBN, introduzindo posteriormente um agente para estimular o dano oxidativo.

Por meio dessa técnica, os cientistas descobriram que o CBN protegeu as mitocôndrias (relacionadas com a produção de energia para a célula). Para confirmar a essa interação, replicaram o experimento em células nervosas que tiveram as mitocôndrias removidas. Nessas células, o CBN não demonstrou mais seu efeito protetor.

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Os cientistas notaram que o CBN não ativou os receptores canabinoides, que são necessários para a resposta psicoativa. Em outras palavras, a terapia à base de CBN funcionaria sem causar nenhum dos famosos efeitos psicológicos causados pela Cannabis (que estão presentes em um composto chamado THC).

Além do Alzheimer, essa substância tem potencial para ajudar no tratamento de outras doenças neurodegenerativas, como Parkinson, que também tem relação à perda de glutationa. De qualquer forma, os pesquisadores afirmam que mais estudos são necessários para entender a fundo a interação entre o CBN e as células cerebrais.

Fonte: Free Radical Biology and Medicine