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Cães farejadores podem detectar presença de coronavírus na urina

Por| Editado por Luciana Zaramela | 22 de Abril de 2021 às 08h30

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Michael Dziedzic/Unsplash
Michael Dziedzic/Unsplash

Pesquisadores deram início a um projeto envolvendo cães farejadores para detectar a presença de coronavírus na urina. De acordo com o estudo inicial, essa precisão seria de 96%.

Não é a primeira vez que os cães farejadores se envolvem no combate à COVID-19, considerando que alguns aeroprotos já investiram nesses animais para a detecção da doença, por meio de amostras de saliva e suor, por exemplo. Mas não se sabia se os cães poderiam detectar o vírus em amostras de urina, onde a carga de vírus é normalmente menor.

O grupo de pesquisadores primeiro colocou nove cães para reconhecer o cheiro de uma substância sintética conhecida como composto de detecção universal (UDC), que é um odor que não é encontrado naturalmente no ambiente. A equipe recompensava os cães sempre que reagiram a essa substância, em meio a várias outras.

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Assim que os cães aprenderam a reconhecer essa substância, os pesquisadores os treinaram para reagir a amostras de urina colhidas de pacientes que testaram positivo para COVID-19. No treinamento, o vírus foi inativado com calor ou detergente para torná-lo inofensivo para os cães.

Presença do coronavírus na urina

Os pesquisadores descobriram que, após três semanas de treinamento, todos os cães puderam identificar amostras positivas de coronavírus com 96% de precisão, em média. A especificidade geral foi de 99%, o que significa que quase não houve falsos positivos, mas a sensibilidade geral foi de 68%, o que significa que havia alguns falsos negativos.

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"Não é uma coisa simples que estamos pedindo aos cães. Eles precisam ser específicos sobre a detecção do odor da infecção, mas também precisam generalizar os odores de fundo de pessoas diferentes", disse a autora sênior do estudo, Cynthia Otto, diretora do Centro de Trabalho para Cães da Escola de Medicina Veterinária da Universidade da Pensilvânia.

Em estudos futuros, os pesquisadores esperam treinar cães em amostras diversas e não testar repetidamente os cães em amostras dos mesmos indivíduos. A ideia é conseguir detectar até mesmo se alguém foi vacinado com base nos odores. "Estamos coletando muito mais amostras nesse estudo do que neste primeiro, e temos esperança de que os cães se aproximem do que eles podem encontrar em um ambiente comunitário", disse a pesquisadora.

Fonte: PLOS One via LiveScience