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ButanVac pode ser o reforço da vacina contra covid em 2023, aposta Butantan

Por| Editado por Luciana Zaramela | 01 de Abril de 2022 às 13h00

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Alexstand/Envato Elements
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Para a campanha de vacinação contra a covid-19 de 2023, a vacina ButanVac deve ser uma das opções que estarão disponíveis aos brasileiros. A fórmula do imunizante é desenvolvida por um consórcio internacional, que envolve o Instituo Butantan, no Brasil, e centros de pesquisa da Tailândia e do Vietnã.

Os estudos clínicos (em humanos) ocorrem nos três países, avaliando a segurança e a eficácia da vacina como dose de reforço. Inclusive, os resultados da Fase 1 já foram publicados por cientistas tailandeses e vietnamitas. Caso tudo saia conforme o planejado, o imunizante deve estar pronto para o uso em 2023.

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"A junção dos resultados desses três países até o final do ano deve possibilitar que a vacina esteja disponível em 2023”, afirmou o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, em comunicado. Antes disso, a ButanVac precisará ser aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Testes da ButanVac no Brasil

Vale lembrar que os estudos brasileiros da ButanVac foram anunciados em abril de 2021. Os pesquisadores planejavam desenvolver um ensaio clínico randomizado duplo-cego controlado por placebo. Para isso, era preciso encontrar pessoas que ainda não estavam imunizadas e que não planejavam se vacinar nos próximos meses, o que tornou a tarefa de recrutamento muito difícil.

Isso porque, no momento, a campanha nacional de vacinação contra a covid-19 avançava e dificilmente alguém rejeitaria um imunizante aprovado e seguro para participar de um estudo clínico, onde poderia receber um placebo (formulação sem nenhum efeito contra o vírus). Diante do novo cenário, o estudo clínico do Butantan precisou ser remodelado e a ideia passou a ser testar a ButanVac como dose de reforço.

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“A vacinação do Brasil avançou muito rapidamente e chegou um momento em que não havia mais a possibilidade de inclusão de voluntários [para comparar vacinados e não vacinados]. Isso levou à necessidade de reformular todo o estudo clínico, o que acabou reduzindo a velocidade da pesquisa da vacina", justificou Covas.

Vantagens da dose de reforço

Apesar dos desafios encontrados no estudo, a ButanVac apresenta boas vantagens, caso seja adotada para a vacinação dos brasileiros. Por exemplo, a produção pode ser feita inteiramente no Brasil, sem depender da importação do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), e tem baixo custo.

Além disso, a fórmula pode ser facilmente adaptada para as variantes do coronavírus SARS-CoV-2 que estão em circulação, como ocorre anualmente com a vacina da gripe. “A construção viral da ButanVac, assim como ocorre na influenza, nos permite atualizar a cepa viral de forma muito rápida. Nós conseguimos alterar a proteína S presente na vacina para ser específica para as variantes do coronavírus”, detalhou o diretor de produção do Instituto Butantan, Ricardo Oliveira.

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Fonte: Instituto Butantan