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Butantan reafirma eficácia da CoronaVac em idosos: "não se sintam inseguros"

Por| Editado por Luciana Zaramela | 28 de Maio de 2021 às 14h30

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CDC/Unsplash
CDC/Unsplash

Na última quinta (27), em mais uma sessão da CPI da COVID-19, o diretor-presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, foi questionado sobre a eficácia da vacina CoronaVac em idosos.

Ao questionar o diretor do Butantan, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE), mencionou dois ocorridos: a morte do sambista Nelson Sargento, de 96 anos, que tinha câncer de próstata e testou positivo para a COVID-19 ao ser internado e morreu mesmo tendo recebido as duas doses do imunizante; e o ex-presidente José Sarney, que tomou as duas doses do imunizante e não produziu anticorpos.

“Na realidade, 98% é o índice de indução de anticorpos em pessoas idosas. Portanto, não é 100%. Pessoas idosas tem um fenômeno biológico chamado imunossenescência. Os idosos respondem menos na produção de anticorpos em relação aos indivíduos mais jovens. Por isso que não é 100% de soroconversão”, afirmou Dimas Covas, em resposta ao questionamento.

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“A vacina não é uma proteção absoluta, não é escudo contra a doença e nem é um escudo contra a mortalidade. Ela é uma proteção relativa. Entram os fatores individuais das pessoas, as comorbidades, vários fatores. Primeiro que a vacina não protege contra a infecção. Ela protege contra as manifestações clínicas, principalmente as mais graves. O dado de 100% é referente ao estudo de fase 3 que foi feito. Aquele estudo foi 100%, ou seja, nenhum indivíduo do grupo de estudo que era formado por profissionais da saúde foram a óbito. Obviamente que os estudos de mundo real não é 100%, nós sabemos disso”, acrescentou o diretor.

“A pessoa que se vacina está relativamente protegida, mas tem os fatores individuais que entram se ela eventualmente pegar a infecção, e esses fatores são preponderantes, inclusive, para determinação da gravidade”, Covas concluiu.

Nas redes sociais, o Butantan aproveitou para reiterar a respeito da CoronaVac em idosos: "Diversos estudos de cientistas e instituições brasileiras e estrangeiras demonstram que a CoronaVac protege pessoas de todas as faixas etárias contra a manifestação de sintomas graves e óbitos causados pela doença. Prova disso é que a taxa de mortalidade de idosos caiu drasticamente desde que a vacina começou a ser aplicada nessa população. Os idosos que tomaram as duas doses não precisam se sentir inseguros ou buscar vacinas de outras farmacêuticas. Neste momento, não há recomendação de tomar uma terceira dose".

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Fonte: Instituto Butantan