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Butantan constrói centro de produção de vacinas para enfrentar novas pandemias

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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_Tempus_/Envato
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Para reagir contra futuras pandemias, o Instituo Butantan monta um novo espaço para o desenvolvimento de imunobiológicos, como vacinas. Oficialmente, a iniciativa recebe o nome de Centro de Produção Multipropósito de Vacinas do Butantan (CPMV) e, no momento, os equipamentos estão em fase de instalação. O projeto deve ser concluído em fevereiro de 2023.

“O CMPV nos dá a garantia que conseguiremos reagir a qualquer pandemia muito mais rápido do que antes”, explica o diretor de infraestrutura do projeto, Rafael Lubianca, em comunicado. Isso porque a iniciativa deve ajudar o Brasil a se tornar autossuficiente no estudo e na produção de novas vacinas.

A instalação deve ser totalmente automatizada e terá capacidade para a produção de cinco diferentes plataformas vacinais. O espaço também deve receber a certificação Nível de Biossegurança 3. Com essa infraestrutura, o local poderá produzir, por exemplo, o Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) de vacinas, em escala industrial.

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Inicialmente, é previsto que o espaço possa fabricar vacinas contra a seguintes doenças:

  • Raiva;
  • Hepatite A;
  • Zika;
  • Covid-19.

Caso novas demandas surjam, as instalações podem ser adaptadas para a produção de imunizantes contra outras doenças emergentes. "A capacidade instalada de produção da nova planta é de 100 milhões de doses por ano, sendo que a área construída é de 11 mil m²", detalha o Butantan.

Projeto do Butantan contra pandemias futuras

De acordo com o Butantan, o CPMV possui uma base inalterável (a estrutura do prédio), mas os equipamentos e os processos podem ser modificados para atender às demandas de diferentes vacinas. Inclusive, a produção dos imunizantes poderá ocorrer de forma paralela.

Dentro da instalação, existirá uma área com nível de biossegurança 3. Por isso, será possível a manipulação de vírus selvagem, sem que haja risco de vazamento para a atmosfera ou para o meio ambiente. "O CPMV será uma das únicas plantas dedicadas à fabricação de vacinas humanas com essa certificação" no Brasil, afirma o Butantan.

No caso da covid-19, os estudos para uma potencial vacina foram feitos em laboratório do tipo. Além disso, como a CoronaVac carrega o vírus inativado, o IFA somente pode ser produzido em ambientes do tipo, já que existe o potencial risco de vazamento.

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Fonte: Instituto Butantan  

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