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Brasileiro perde 11% do cérebro e ajuda ciência em estudos sobre lesões

Por| Editado por Luciana Zaramela | 29 de Agosto de 2022 às 14h28

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Anna Shvets/Envato
Anna Shvets/Envato

O operário carioca Eduardo Leite passou a ajudar cientistas na compreensão de lesões cerebrais, depois de perder 11% do cérebro e sobreviver para contar a história. O caso aconteceu em 2012, quando sua cabeça foi perfurada por um vergalhão que o atingiu de uma altura de 15 metros.

Na ocasião, o ferro de 2,5 metros entrou pelo alto da cabeça de Eduardo e saiu entre os olhos, com um impacto de cerca de 300 kg. A cirurgia para retirar o vergalhão durou seis horas e o operário ficou 15 dias no hospital.

Como esse foi apenas o segundo caso médico do tipo na história, pesquisadores da área da medicina passaram a acompanhar a recuperação. Para se ter uma noção, um grupo da Fiocruz se concentrou em acompanhar como Eduardo mantém a relação com as pessoas próximas, ao longo desses dez anos.

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Os especialistas acreditam que o córtex pré-frontal foi atingido pelo ferro e teve atividade elétrica comprometida após perda de 11% de massa encefálica, mas essa perda foi "compensada" por outra parte do cérebro.

Os cientistas (brasileiros e estadunidenses) conduziram série de testes em Eduardo neste período de recuperação dele. Atualmente, o operário tem apenas dificuldade em realizar tarefas que exigem simultaneamente os dois lados do cérebro.

A ideia, então, é que as descobertas acerca desse caso e da recuperação do brasileiro sejam publicadas na revista científica The Lancet. O conhecimento que os especialistas tiveram sobre a compensação cerebral pode ajudar a investigar casos de outros pacientes.

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Anteriormente, a revista científica Neuropsychologia trouxe o relato de uma mulher que perdeu o lobo temporal esquerdo, parte do cérebro envolvida no processamento da linguagem. A ciência diz que uma paciente assim deveria ter convulsões e dificuldades para se comunicar, mas as habilidades dessa mulher contrariaram tudo o que os especialistas acreditavam até então.

Fonte: G1