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Beber café coado em filtro de papel é associado a menor risco de morte [estudo]

Por| Editado por Luciana Zaramela | 23 de Junho de 2022 às 08h30

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Wirestock/Freepik
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Tomar café passado em filtro de papel pode contribuir na redução de fatores de risco para doenças cardiovasculares e morte, dizem cientistas noruegueses. Além de comparar esse consumo com o de pessoas que não ingerem a bebida, também foram avaliados indivíduos que bebem café não filtrado, onde o contato com água quente é direto, ou com filtro metálico, que não remove óleos como o papel faz.

A categoria de café não filtrado inclui cafés expressos, instantâneos e feitos em prensa francesa, bem como os populares em cápsula, muito difundidos nos últimos anos. Uma menor mortalidade entre os participantes da pesquisa foi notada entre quem bebia de uma a quatro xícaras de café coado por dia, com a maior taxa de óbitos entre os que consumiam acima de nove xícaras não filtradas diariamente.

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Variáveis, problemas e resultados da pesquisa

Algumas variáveis, segundo os cientistas, podem ter tido algum impacto nos resultados finais da pesquisa. Entre elas, estão a idade dos participantes, o uso de tabaco, níveis de colesterol e triglicerídios, hipertensão, índice de massa corporal e escolaridade. O embasamento da pesquisa, também, é do ano de 1983, quando os primeiros estudos já relacionavam café ao colesterol — um fator de risco para problemas cardiovasculares, principalmente infarto e acidentes vasculares cerebrais (AVC).

Pesquisas posteriores indicaram a presença de diterpenos no café, compostos que aumentam a gordura no sangue. A concentração deles na bebida depende muito do método de infusão, o que, segundo os pesquisadores, explica a diferença dos resultados encontrados em estudos sobre o consumo de café e lipídios no sangue.

Uma porção de café não filtrado tem cerca de 30 vezes mais diterpenos kahweol e cafestol, que aumentam os lipídios, em comparação a café filtrado. Menores taxas de mortalidade entre os consumidores de café filtrado, segundo os cientistas, podem ser associadas à riqueza em antioxidantes da bebida, o que inclui polifenóis.

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Tais compostos são conhecidos pelo seu poder antioxidante e antitrombótico, além de melhorar disfunções endoteliais (ou seja, dos vasos sanguíneos). Também se associa o consumo de café a menor risco de diabetes, fator de risco para doenças cardiovasculares.

Independente do preparo da bebida, seu consumo moderado — de até três xícaras por dia — é apontado como benéfico na redução da mortalidade, segundo outros estudos, como um realizado recentemente, em larga escala, no Reino Unido (caso se consuma de 0,5 a 3 xícaras por dia). Ambos os estudos foram publicados na revista científica European Journal of Preventive Cardiology.

Fonte: European Journal of Preventive Cardiology 12