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Beber água ajuda a prevenir insuficiência cardíaca; saiba a quantidade certa

Por| Editado por Luciana Zaramela | 26 de Agosto de 2021 às 10h50

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engin akyurt/Unsplash
engin akyurt/Unsplash

Já é consenso que o consumo regular de água pode trazer inúmeros benefícios para o organismo, mas, agora, pesquisadores norte-americanos conseguiram demonstrar que essa ingestão diária pode ajudar na prevenção de insuficiência cardíaca. Para isso, a equipe de cientistas acompanhou os hábitos de 15,7 mil pessoas por 25 anos.

Em estudo apresentado em uma conferência da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC), os pesquisadores dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH) dos EUA observaram, durante um longo período, as vantagens de beber alguns copos de água potável durante o dia. Além disso, eles concluíram que a maioria das pessoas não alcança o limite mínimo de ingestão diária do líquido para obter estes benefícios cardiológicos.

"Nosso estudo sugere que manter uma boa hidratação pode prevenir ou pelo menos retardar as mudanças no coração que levam à insuficiência cardíaca", comentou uma das autoras do estudo e pesquisadora dos NIH, Natalia Dmitrieva. “As descobertas indicam que precisamos prestar atenção à quantidade de líquido que consumimos todos os dias e tomar medidas se pensarmos que bebemos muito pouco”, destacou.

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Quanto de água é preciso consumir por dia?

No estudo, os pesquisadores estabeleceram que a meta ideal de consumo diária de água deve ser 1,6 a 2,1 litros para as mulheres e de dois a três litros para homens. Essa quantidade parece ser suficiente para prevenir riscos de insuficiência cardíaca associados à desidratação e, consequentemente, oferecer efeitos protetores ao organismo. 

Por outro lado, qualquer consumo inferior e esse padrão pode ser negativo para o organismo. Isso porque a concentração de sódio no corpo de uma pessoa tende a atingir patamares muito elevados. Como o corpo automaticamente adota medidas para conservar os líquidos, o risco de insuficiência cardíaca aumenta. 

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“É natural pensar que a hidratação e a concentração sérica de sódio devam mudar dia após dia, dependendo de quanto bebemos”, comentou Dimietrieva. “No entanto, a concentração sérica de sódio permanece dentro de uma faixa estreita por longos períodos, o que provavelmente está relacionado ao consumo habitual de líquidos”, pontuou.

Isso significa que essas mudanças de concentração de sódio levam um longo período para se estabelecerem. Dessa forma, beber muita água em um dia e não beber no dia seguinte tem um valor, praticamente, nulo para o organismo. É preciso manter a constância desse consumo.

Entendendo o estudo sobre insuficiência cardíaca

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Para chegar a essas conclusões, o estudo examinou se a concentração de sódio no sangue poderia predizer o desenvolvimento de insuficiência cardíaca em um intervalo de 25 anos. Além disso, os pesquisadores examinaram a conexão entre hidratação e espessamento das paredes do ventrículo esquerdo (hipertrofia ventricular esquerda), que é um precursor para o diagnóstico de insuficiência cardíaca.

Estas análises foram realizadas em 15.792 adultos, no estudo Atherosclerosis Risk in Communities (ARIC). Os participantes tinham entre 44 e 66 anos no recrutamento e foram avaliados cinco vezes durante o andamento dos estudos. Dessa forma, as últimas amostras oram coletadas quando tinham entre 70 e 90 anos.

Para os pesquisadores, a concentração sérica mais elevada de sódio na meia-idade foi associada a insuficiência cardíaca e hipertrofia ventricular esquerda 25 anos depois. “Os resultados sugerem que uma boa hidratação ao longo da vida pode diminuir o risco de desenvolver hipertrofia ventricular esquerda e insuficiência cardíaca", completou a pesquisadora.

Fonte: ESC