Força-tarefa dos EUA não recomenda uso de Aspirina para prevenir infartos
Por Nathan Vieira | Editado por Luciana Zaramela | 13 de Outubro de 2021 às 18h30
Um painel de especialistas dos EUA recomenda que pessoas com altas chances de contrair doenças cardíacas não devem iniciar tratamentos a base de Aspirina (ácido acetilsalisílico) como prevenção. Isso porque o risco de efeitos colaterais graves supera os benefícios.
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A força-tarefa conta com 16 especialistas em prevenção de doenças e medicina baseada em evidências que avaliam periodicamente testes de triagem e tratamentos preventivos. Os membros são escolhidos pelo diretor da Agência Federal de Pesquisa e Qualidade em Saúde dos EUA.
Essa força-tarefa também pretende desencorajar qualquer pessoa com 60 anos ou mais a tomar Aspirina regularmente, por conta do risco elevado de sangramentos, que podem ser fatais. "Não existe mais uma declaração geral de que todos que têm risco aumentado para doenças cardíacas, ainda que nunca tenham tido um ataque cardíaco, para que comecem a tomar aspirina. Nós precisamos ser mais inteligentes ao combinar a prevenção primária com as pessoas que mais se beneficiarão e terão o menor risco de danos", afirma um dos membros desse painel, Chien-Wen Tseng, diretor de pesquisa da Universidade do Havaí.
Anteriormente, esse mesmo painel de especialistas fez uma recomendação para adultos de alto risco (10% ou mais de chances de desenvolver um problema cardiovascular nos próximos dez anos) na faixa dos 50 anos para tomarem Aspirina infantil se suas chances de efeito colateral fossem baixas. Agora, a recomendação é que adultos de alto risco, na faixa de 40 e 50 anos, conversem com seus médicos primeiro.