As pessoas ficaram mais sedentárias na pandemia
Por Nathan Vieira • Editado por Luciana Zaramela |
A pandemia de covid-19 mudou radicalmente os nossos hábitos. E no que diz respeito às atividades físicas, não é diferente. Um estudo da Unesp apontou que esse período tão conturbado para a nossa sociedade foi responsável pela redução de 35% no nível de atividade física e aumento de 28,6% nos comportamentos sedentários, considerando a necessidade de ficar em casa.
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Os pesquisadores da Unesp estimam que a prevalência atual de inatividade física – isto é, não realizar a quantidade mínima de exercício recomendado pelas organizações de saúde – é de 57,3% entre a população com mais de 40 anos e 57,7% entre indivíduos com risco de diabetes. Com isso, a falta de atividade física será responsável por 9,6% (11,1 milhões) dos casos de diabetes e 12,5% (1,7 milhão) da mortalidade geral no mundo, caso essa alta prevalência se mantenha por tempo prolongado. O estudo completo pode ser encontrado aqui.
Enquanto isso, um estudo publicado pelo British Journal of Sports Medicine identificou 48.440 pacientes adultos com diagnóstico de covid de 1 de janeiro de 2020 a 21 de outubro de 2020 com pelo menos três medições de sinais vitais de exercício de 19 de março de 2018 a 18 de março de 2020.
A pesquisa aponta que pacientes com covid-19 que permaneceram inativos consistentemente durante os 2 anos anteriores à pandemia tinham maior probabilidade de hospitalização, UTI ou morte, e reitera que a inatividade física foi o fator de risco mais forte para desfechos graves. Esse último estudo pode ser encontrado aqui.