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Artéria extra no braço pode ser a chave para estudos sobre a evolução

Por| Editado por Luciana Zaramela | 05 de Dezembro de 2022 às 13h10

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Sincerely Media/Unsplash
Sincerely Media/Unsplash

A evolução da humanidade resguarda diversos mistérios, desvendados pouco a pouco pela comunidade científica. No entanto, um estudo publicado na revista científica Journal of Anatomy lançou luz sobre uma questão pertinente: uma artéria extra, que tem crescido no braço de apenas uma parcela da população.

Trata-se da artéria medial, que se forma bem cedo no desenvolvimento de todos os seres humanos, transportando sangue pelo centro dos braços para alimentar as mãos em crescimento. No entanto, por volta das oito semanas, ela costuma regredir, e essa tarefa passa a ficar por conta de outros dois vasos: radial e ulnar.

Então temporariamente, essa artéria desce pelo centro de nossos antebraços enquanto ainda estamos no útero não está desaparecendo com tanta frequência quanto antes

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Conforme sugere essa análise, existem mais adultos do que nunca com esse canal extra de tecido vascular fluindo sob o pulso. Não é de hoje que os especialistas em estudos de anatomia analisam a prevalência dessa artéria em adultos, e as descobertas mais recentes mostram um aumento notável. É apenas um pequeno vislumbre de como a evolução pode ser imprevisível.

"A prevalência foi de cerca de 10% nas pessoas nascidas em meados da década de 1880, em comparação com 30% nas nascidas no final do século 20, o que representa um aumento significativo em um período bastante curto de tempo, quando se trata de evolução”, apontam os pesquisadores.

Para comparar a prevalência desse canal sanguíneo persistente, a equipe examinou 80 indivíduos (post mortem). A equipe de pesquisa comparou os números com registros de estudos anteriores. O fato de a artéria parecer ser três vezes mais comum em adultos hoje do que há mais de um século é uma descoberta surpreendente para a comunidade científica.

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Conforme teorizam os autores do estudo, esse aumento pode ter resultado de mutações de genes envolvidos no desenvolvimento da artéria mediana ou problemas de saúde em mães durante a gravidez. Os responsáveis pela pesquisa concluem que, por menores que sejam essas diferenças, pequenas mudanças microevolutivas se somam a variações em larga escala que definem uma espécie.

Fonte: Journal of Anatomy via Science Alert