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App pode identificar sintomas de COVID-19 analisando a voz do paciente

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Reprodução: Sonde Health
Reprodução: Sonde Health

A COVID-19 é uma doença muito recente e ainda sequer completou um ano de existência. Por isso, estamos vivenciando cada passo tomado para a sua cura, tratamento e diagnóstico. A forma mais eficaz de diagnosticar a doença vem sendo com a coleta de material por um cotonete gigante, que é colocado pela via nasal profundamente. Há também a coleta de uma pequena gota de sangue para detectar a presença de anticorpos, mas que não traz resultados muito precisos e não substitui o primeiro.

Agora, pesquisadores anunciaram o desenvolvimento de um app que pode ajudar a diagnosticar a doença no organismo. Batizado de Sonde One, o aplicativo, desenvolvido pela empresa de saúde Sonde Health, não tem a função exata de fazer o diagnóstico, mas sim de apontar evidências que possam indicar a contaminação, substituindo o exame invasivo quando há a necessidade diária de testagem.

David Liu, CEO da companhia, explica que a função do app é buscar por sintomas através da voz do usuário, pois o simples ato de falar movimenta 100 partes diferentes do corpo. "O cérebro, músculos da mandíbula, língua, boca, garganta, até os pulmões e o coração, todos eles se unem como em um concerto para dar ao corpo a capacidade de falar", diz Liu.

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Então, quando um corpo está sofrendo de alguma doença ou apresentando sintomas, essa alteração pode ser audível ao ouvido humano. "É algo físico que está afetando a sua habilidade de falar, a sua voz", completa o CEO. Atualmente, o modelo de aprendizado de máquina da Sonde One mostrou uma precisão de mais de 70% na detecção da presença de alterações acústicas na voz dos usuários, que costumam aparecer como consequências de condições respiratórias, como asma, enfisema e bronquite.

O aplicativo acaba de adquirir o seu primeiro cliente: a empresa SHI International, de computação na nuvem, que planeja usar o sistema em seus 4,200 funcionários em agosto. Liu deixa claro que a decisão final dos clientes em relação às respostas do aplicativo não cabe exclusivamente à Sonde, sendo de responsabilidade do contratante. O CEO afirma que existe a avaliação de risco baixo, médio e alto, e a companhia deve estipular seus próprios critérios, uma vez que, reforçando, o app não deve substituir o teste de COVID.

O app da Sonde, no entanto, não é o primeiro a buscar uma nova forma de testar a COVID-19 usando a voz. No início deste ano, pesquisadores da Universidade Carnegie Mellon, dos Estados Unidos, anunciaram o desenvolvimento de um projeto similar que analisa a voz das pessoas em busca de doenças respiratórias. E no início deste mês, um projeto da Intel com o Instituto Butantan, em São Paulo, e da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), no Rio de Janeiro, também anunciou que está analisando possíveis sinais de COVID-19 na tosse de pacientes suspeitos.

Fonte: Futurism