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App de celular detecta traços de TDAH e Alzheimer através de fotos dos olhos

Por| Editado por Luciana Zaramela | 03 de Maio de 2022 às 18h10

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DC_Studio/envato
DC_Studio/envato

Um app desenvolvido por cientistas da University California San Diego pode detectar traços de TDAH e Alzheimer através de fotografias. Para isso, o infravermelho — que costuma ser utilizado nos smartphones para reconhecimento facial — identifica se a pupila de uma pessoa muda de tamanho ou não, a partir de uma técnica chamada pupilometria.

Na ACM Computer Human Interaction Conference on Human Factors in Computing Systems (CHI 2022), que teve início no último sábado (30) e deve durar até a próxima quinta-feira (5), os pesquisadores explicaram que o tamanho da pupila pode fornecer informações sobre as funções neurológicas de uma pessoa.

A pupilometria consiste na medição do diâmetro pupilar em ambiente sem luz, e pode ser indicada como exame, em alguns casos. Em estudo anterior, a ciência já apontou que o tamanho da pupila pode entregar se alguém tem falta de imaginação visual, por exemplo, e os autores do artigo se basearam em um "teste de resposta da pupila", que costuma ser usado para diagnosticar e monitorar várias doenças e distúrbios neurológicos.

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No entanto, atualmente, esse teste requer equipamentos especializados e caros, tornando inviável a realização fora do laboratório ou clínica. A ideia do grupo, então, foi buscar uma solução mais econômica e acessível.

O aplicativo calcula o tamanho da pupila com precisão e captura a distância entre o smartphone e o usuário. As medidas do aplicativo foram comparáveis ​​às obtidas por um dispositivo chamado pupilômetro, o mais utilizado para medir o tamanho da pupila. A interface inclui comandos de voz, instruções baseadas em imagens e uma luneta de plástico de baixo custo para direcionar o usuário a colocar seus olhos dentro do ângulo de visão da câmera do smartphone.

A ideia da equipe para pesquisas futuras é trabalhar com idosos que tenham um comprometimento cognitivo leve para testar o aplicativo como uma ferramenta de triagem de risco para a doença de Alzheimer em estágio inicial.

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Fonte: CHI 2022, UC San Diego News Center, Science Direct