Após polêmicas, FDA aprova remédio de Alzheimer apenas para sintomas leves
Por Nathan Vieira • Editado por Luciana Zaramela |

Em junho, a agência federal norte-americana FDA (Food and Drug Administration) aprovou o polêmico remédio contra o alzheimer, Aduhelm. Mas após enfrentar críticas por aprovar o Aduhelm para todos os pacientes com Alzheimer, a FDA mudou suas diretrizes, recomendando que o medicamento seja administrado apenas a pessoas com sintomas leves.
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O que acontece é que o remédio se concentra em uma possível causa da condição neurodegenerativa e do declínio cognitivo, uma proteína tóxica (beta-amiloide) que pode destruir os neurônios e causar demência. Mas um grupo de pesquisadores chegou à conclusão de que não havia evidências suficientes para afirmar que o tratamento trazia benefícios significativos para os pacientes.
Com isso, a agência reconheceu que não havia evidências convincentes de que Aduhelm retardasse o declínio cognitivo dos pacientes. Em vez disso, baseou sua aprovação na capacidade do medicamento de reduzir os níveis de toxinas na placa amiloide.
A nova orientação não impede que os médicos prescrevam o Aduhelm a pacientes com uma forma moderada ou grave de Alzheimer, mas envia uma mensagem forte aos médicos e seguradoras sobre quem deve receber o medicamento, recomendado, agora, para pacientes na fase inicial da doença.
A fabricante, Biogen, anunciou que cobraria US$ 56 mil (o equivalente a R$ 294 mil) anuais pelo medicamento. Vale apontar que, quando a Biogen conduziu testes clínicos do Aduhelm, incluiu apenas pessoas com sintomas leves de declínio cognitivo.
Fonte: The New York Times