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Aparentemente, otimistas vivem mais, sugere estudo

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Westend61/Envato Elements
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Uma equipe de cientistas norte-americanos descobriu que níveis elevados de otimismo estão associados a uma vida mais longa, independente de fatores raciais e étnicos. Inclusive, a chance de ultrapassar os 90 anos cresce consideravelmente, segundo a pesquisa que acompanhou 159 mil mulheres.

Publicado na revista científica Journal of the American Geriatrics Society, o estudo que buscou relacionar o otimismo com a longevidade foi desenvolvido por pesquisadores da Harvard School of Public Health, nos Estados Unidos.

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"O otimismo mais alto foi associado a uma vida útil mais longa e a uma maior probabilidade de alcançar uma longevidade excepcional em geral e entre grupos raciais e étnicos", afirmam os autores do estudo sobre os benefícios sobre esta forma de encarar a vida.

A importância do otimismo

Para entender a relação entre otimismo e longevidade, a equipe de pesquisadores de Harvard analisou dados e respostas de 159,2 mil mulheres, com idades entre 50 e 79 anos, que participam da Women's Health Initiative. De forma geral, a maioria das participantes já tinham entrado na menopausa.

Segundo os autores do estudo, os 25% indivíduos mais otimistas provavelmente teriam uma expectativa de vida 5,4% maior e uma probabilidade 10% maior de viver além dos 90 anos do que os 25% menos otimistas.

Durante as análises, não foi possível encontrar associações (positivas ou negativas) entre o otimismo e etnias específicas, como negros e latinos. Inclusive, as tendências se mantiveram após serem considerados outros fatores, como dados demográficos dos participantes.

No entanto, cabe destacar que o estudo não prova a causalidade, ou seja, a ligação entre causa e efeito do otimismo com a vida mais longa. Em outras palavras, o que se comprovou foi a relação entre os dois fatores, mas não que a menor expectativa de vida é necessariamente causada por falta de otimismo.

Fatores positivos impactam a longevidade

“Embora o otimismo em si possa ser afetado por fatores estruturais sociais, como raça e etnia, nossa pesquisa sugere que os benefícios do otimismo podem se estender a diversos grupos”, explica Hayami Koga, pesquisadora de Harvard e principal autora do estudo, em comunicado.

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“Muitos trabalhos anteriores se concentraram em déficits ou fatores de risco que aumentam os riscos de doenças e morte prematura. Nossas descobertas sugerem que há valor em focar em fatores psicológicos positivos, como otimismo, sendo possíveis novas maneiras de promover a longevidade e o envelhecimento saudável em diversos grupos”, completa Koga.

Fonte: Journal of the American Geriatrics Society e Harvard