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Anvisa desmente fake news de que termômetro infravermelho faz mal

Por| 15 de Setembro de 2020 às 20h20

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 Kelly Sikkema /Unsplash
Kelly Sikkema /Unsplash

Quando o assunto é saúde, é importante saber onde confiar, porque muitas informações disseminadas na internet podem não ser reais. E um instrumento chamado termômetro infravermelho tem sido alvo de muitas confusões nas redes sociais. A própria Anvisa fez um anúncio para informar que é falsa a informação de que o uso de termômetros infravermelhos direcionados para a testa pode fazer mal ao ser humano.

A Agência cita que o item em questão não faz mal à glândula pineal, por exemplo, que tem função de produção e regulação de hormônios e fica localizada próximo ao tálamo e hipotálamo, na parte mais central do cérebro. "Com base na avaliação de referências bibliográficas e recomendações sobre esses produtos, a Anvisa conclui e informa à população que a medição de temperatura por termômetro infravermelho direcionado à testa é inofensiva ao ser humano. O órgão informa, ainda, que esses produtos não emitem radiação, somente captam o calor emitido pelo corpo humano na forma de radiação infravermelha". 

Diante da veiculação das fake news, a Gerência de Tecnologia em Equipamentos (GQUIP) da Gerência-Geral em Tecnologia de Produtos para Saúde (GGTPS) preparou um material para esclarecer a população sobre o assunto. A cartilha esclarece que a radiação infravermelha é um tipo de luz, num espectro que não é visível ao ser humano, emitido por todo corpo quente e que o item não emite radiação, ele somente detecta a radiação emitida pelo corpo.

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O órgão acrescenta que muitos termômetros possuem um laser-guia, que não faz a medição da temperatura, servindo somente para indicar o local onde está sendo feita a medição, evitando erros na leitura, e que a luz emitida por esse laser se encontra no espectro visível, sendo usada a luz vermelha de baixa intensidade. "Essa luz também não possui poder de penetração na pele, sendo, em parte refletida, tornando visível o ponto vermelho que indica o local da medição. Uma pequena parte da luz é absorvida, se tornando calor. Devido à baixa intensidade do laser, esse calor absorvido não é suficiente para causar sensação de aquecimento no local ou alterar a temperatura medida pelo termômetro", diz o material.

Anvisa precisa aprovar antes de comercializar

A cartilha ainda reitera que todos os termômetros infravermelhos usados clinicamente em hospitais e estabelecimentos de saúde devem ser submetidos à Anvisa antes de terem sua comercialização aprovada em território nacional. Durante esta submissão, o fabricante comprova a segurança e a eficácia do produto. Dessa forma, a Agência só libera a comercialização de termômetros capazes de medir a temperatura de forma correta e com segurança para a população.

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No entanto, os equipamentos utilizados para medir a temperatura corporal com finalidade exclusiva para triagem de pessoas em ambientes públicos, sem indicação para fins de diagnóstico médico, não são considerados produtos para saúde, e não precisam de aprovação da Anvisa para sua utilização. Sendo assim, não necessitam da autorização para fins de importação, fabricação e comercialização no paí. Alguns exemplos de dispositivos para triagem são: câmeras termográficas/câmeras térmicas, estação de triagem, entre outros. "Estes equipamentos, mesmo não tendo sua eficácia avaliada pela Anvisa, são seguros para uso em triagem de pessoas em estabelecimentos comerciais", esclarece.

A norma técnica usada em território nacional estabelece as condições de calibração e uso dos termômetros clínicos infravermelhos, sendo a região da testa o local indicado para garantir a precisão da medida. O uso do termômetro infravermelho para medir a temperatura corporal em outra parte do corpo pode levar a erro de leitura, a não ser que tal procedimento esteja explícito no manual do produto. A Anvisa informa, ainda, que está atenta às notícias veiculadas nas mídias e procura esclarecer a população sobre o uso correto dos equipamentos, sua eficácia e segurança, tendo canais de comunicação com o público.

Fonte: Anvisa