Anticorpos monoclonais ajudam a destruir câncer de pâncreas
Por Nathan Vieira • Editado por Luciana Zaramela |

Um estudo publicado no periódico The Journal of Nuclear Medicine sugere que anticorpos monoclonais podem ajudar a destruir o câncer de pâncreas. Conforme afirmam os próprios pesquisadores da Universidade de Osaka, no Japão, trata-se de uma combinação de diagnóstico e terapia.
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O processo desenvolvido pelos pesquisadores utiliza anticorpos monoclonais para atingir o glipicano-1 (GPC1), uma proteína altamente expressa em tumores pancreáticos. GPC1 tem um papel na proliferação, invasão e metástase de células cancerígenas.
No estudo, os pesquisadores injetaram células de cancerígenas pancreáticas humanas em camundongos, permitindo que se desenvolvessem em um tumor completo. Os camundongos receberam os anticorpos por via intravenosa e ficaram sob observação.
Os pesquisadores relataram uma forte absorção dos anticorpos nos tumores, sugerindo que este método poderia apoiar a visualização do tumor. Com o tumor visualizado, os pesquisadores administraram a substância como terapia direcionada, responsável por entregar seletivamente radioisótopos diretamente às células.
A entrega do medicamento causou quebras na cadeia dupla de DNA nas células cancerígenas e reduziu significativamente o crescimento do tumor.
Anticorpos monoclonais
Basicamente, os anticorpos monoclonais são produzidos em laboratório com função de desativar o vírus após a infecção. Os anticorpos usados são todos iguais (daí vem o nome "monoclonais") e atacam o vírus num determinado alvo.
Neste ano, pesquisadores mostraram que o anticorpo monoclonal reduz taxa de rejeição após transplante de órgãos. No estudo, os pesquisadores analisaram os efeitos do anticorpo monoclonal AT-1501 após transplantes de rins e de células pancreáticas em macacos.
Pesquisadores de Harvard também já apostaram em um anticorpo monoclonal eficaz contra todas as variantes da covid.
Câncer de pâncreas
Segundo o Ministério da Saúde, embora ainda não se compreenda plenamente as causas do câncer de pâncreas, alguns fatores de risco são identificados como predisposição genética (10 a 15% dos casos) sendo a maioria dos casos secundários a fatores ambientais e ou comportamentais como: idade, tabagismo, excesso de gordura corporal (sobrepeso e obesidade) e diabetes.
A Pasta também diz queas estratégias para a detecção precoce do câncer são o diagnóstico precoce (abordagem de pessoas com sinais e/ou sintomas iniciais da doença) e o rastreamento (aplicação de teste ou exame numa população assintomática).
O Ministério ainda diz que os sintomas de câncer de pâncres envolvem fadiga e anorexia, perda de peso, icterícia, dor dorso lombar e emagrecimento.
Fonte: The Journal of Nuclear Medicine, Osaka University, Ministério da Saúde