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Alzheimer: remédio promissor retarda declínio cognitivo em estudo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 03 de Maio de 2023 às 15h51

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ElenNika/Envato
ElenNika/Envato

A empresa farmacêutica Eli Lilly anunciou os resultados do mais recente estudo clínico envolvendo seu medicamento donanemab, para Alzheimer: a substância foi eficaz em retardar significativamente a progressão da doença mental e o declínio cognitivo.

O medicamento remove placas acumuladas no cérebro chamadas amiloides, que são conhecidas justamente por conta do Alzheimer. Segundo o estudo, 47% dos 1.182 participantes que tomaram o medicamento (todos diagnosticados com doença em seu estágio inicial) não apresentaram declínio ao longo de um ano, em comparação com 29% das pessoas que tomaram placebo.

O estudo também avaliou o medicamento em 552 pacientes com altos níveis de uma proteína cerebral chamada tau e descobriu que, quando ambos os grupos foram combinados, o donanemab retardou a progressão em 29%. Para chegar a essa porcentagem, a empresa avaliou através da chamada Escala de Avaliação Clínica de Demência, usada justamente para fazer a métrica da progressão da doença.

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No entanto, o estudo também traz alguns efeitos colaterais, como inchaço cerebral e hemorragia, o que levou à morte de três pacientes que tomaram o medicamento.

De qualquer forma, a farmacêutica já tinha entrado com pedido de aprovação acelerada junto ao FDA (órgão de saúde dos EUA) para o donanemab. Com esses resultados, a ideia agora é entrar com pedido de aprovação total.

Como o Alzheimer impacta o cérebro?

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Segundo estudos anteriores, o Alzheimer está atrelado a perda de conexão entre células cerebrais. Na ocasião, os autores descobriram que a perda sináptica pode ser um indicador de declínio no desempenho cognitivo mais eficaz do que a perda do volume geral de neurônios no cérebro.

Em 2022, cientistas fazem mapa de alterações cerebrais causadas pelo Alzheimer. O grupo aponta que, em casos graves, o cérebro fica visivelmente menor (atrofia cerebral), com grandes lacunas. Isso ocorre por conta da morte de neurônios e suas conexões em todo o córtex, a casca enrugada e externa, mas ainda não se sabe o que desencadeia essas enormes mudanças, muito menos como pará-las ou revertê-las.

Fonte: CNN, Reuters