Alta de casos da covid pode ser apenas a ponta do iceberg, diz OMS
Por Fidel Forato | Editado por Luciana Zaramela | 17 de Março de 2022 às 11h40
Nas últimas 24 horas, o mundo registrou 2,2 milhões de casos da covid-19, impulsionados pela disseminação da variante Ômicron (BA.1) e da subvariante BA.2. No entanto, os últimos dados podem ser apenas a ponta do iceberg de um cenário pior, já que o número de testes feitos está em queda, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
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Na quarta-feira (16), o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que"esse aumento [de casos da covid-19] está ocorrendo apesar das reduções nos testes em alguns países, o que significa que os casos que estamos vendo são apenas a ponta do iceberg". Em outras palavras, o risco das subnotificações é alto.
Medidas para conter nova alta
Passado um mês de declínio, os casos da covid-19 voltaram a aumentar em alguns países, principalmente na Ásia. Atualmente, a China volta a impor medidas que buscam reduzir a transmissão do coronavírus, como o lockdown.
Pensando na situação da Europa, "concordo com a flexibilização das restrições, porque você não pode pensar nisso como uma emergência após dois anos", explica Antonella Viola, da Universidade de Pádua, na Itália, para agência Reuters.
Por outro lado, a professora de imunologia defende "manter as medidas estritamente necessárias, que são essencialmente o monitoramento e rastreamento contínuo de casos, e a manutenção da obrigação de usar máscara em locais fechados ou muito lotados".
Em paralelo, alguns países ainda têm baixas taxas de vacinação, desencadeadas, em partes, por uma enorme quantidade de desinformação, segundo a OMS. Em contraponto, também existe o declínio da imunidade produzida por vacinas, causado pelo tempo, e a necessidade dos reforços.
Aumento de casos da covid
O número global de novos casos da covid-19 aumentou em 8%, calcula a OMS. Entre os dias 7 e 13 de março, foram oficialmente notificados 11 milhões de infecções e 43 mil mortes. Por enquanto, a maior alta está associada à região do Pacífico Ocidental, que inclui a Coreia do Sul e a China.
Além disso, especialistas alertam para o risco de que a Europa enfrente uma nova onda do coronavírus. Isso porque os casos estão em alta desde o início de março em alguns países, como Áustria, Alemanha, Suíça, Holanda e Reino Unido.
Fonte: Reuters