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Ajustar o consumo de ácidos graxos pode regular bipolaridade, sugere estudo

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Rawpixel/Freepik
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Segundo os resultados de um novo estudo, uma boa alimentação pode ajudar no tratamento de pessoas com bipolaridade. A pesquisa descobriu que uma dieta criada para ajustar os níveis de ácidos graxos consumidos ajuda pacientes a terem menos variações de humor. Pessoas com transtorno bipolar vivem estados de humor cíclicos, alternando entre altamente elevados, resultando em emoções mais ativas ou mania, e reduzidos, levando a momentos de depressão. Entre os sintomas também estão dor, impulsividade, irritabilidade e ansiedade.

Pesquisas anteriores já mostraram que os medicamentos para tratamentos da condição alteram a forma em que o organismo decompõe ou metaboliza os ácidos graxos. Então, a equipe de cientistas criou uma dieta que alterou os níveis de ácidos graxos poli-insaturados específicos que eram consumidos pelos participantes dos testes junto a seus medicamentos.

A dieta criada pelos pesquisadores reduzia o consumo de ácidos graxos ômega-6, que consiste na ingestão de ovos, alguns tipos de óleos e carne vermelha, e aumentava o consumo de ácidos graxos ômega-3, adicionando na alimentação sementes de linho e peixes como salmão e atum. Mais de 80 pessoas participaram do experimento, recebendo alimentos específicos para consumir durante 12 semanas.

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Eles também precisaram responder a algumas perguntas sobre humor, dor e outros sintomas, além de fazer exames de sangue regularmente para acompanhar os níveis de ácidos graxos no organismo, avaliando como a nova alimentação estava agindo. A pesquisa, então, mostrou que a dieta experimental melhorou a variabilidade de humor desses pacientes com transtorno bipolar.

Por enquanto, alterar essa dieta não é uma recomendação médica, mas o teste mostrou ser uma opção segura, promissora e saudável. "O nosso objetivo é desenvolver soluções para ajudar os pacientes a terem um melhor gerenciamento a longo prazo de seus sintomas, incluindo a dor", diz a pesquisa. O estudo continuará em andamento pelos cientistas, que ainda pretendem encontrar mais resultados satisfatórios.

A pesquisa foi publicada na revista científica Bipolar Disorders.

Fonte: Science Blog