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Agência de saúde dos EUA distribuiu testes já contaminados pelo coronavírus

Por| 20 de Abril de 2020 às 17h16

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Uma das principais armas contra a disseminação do novo coronavírus (SARS-CoV-2) é a testagem de suspeitos da infecção e o isolamento dessas pessoas, mesmo que ainda aguardem a confirmação. É assim que muitos países têm enfrentado a pandemia da COVID-19, como os Estados Unidos, que já registram mais de 766 mil infectados e mais de 40 mil óbitos, segundo a Universidade Johns Hopkins.

Anterior a esse cenário, quando o novo coronavírus chegava aos Estados Unidos, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), uma agência de saúde federal do país, enviaram aos estados norte-americanos kits de testes para a COVID-19, no início de fevereiro. No entanto, os testes já estavam contaminados pelo vírus, como alegarem autoridades federais.

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Por causa da contaminação, não foi possível entender os resultados de muitos exames, o que levou às autoridades de saúde do país a perderem um valioso tempo que poderia ser investido para se anteciparem à pandemia da COVID-19. Na época, o CDC não esclareceu o que havia de errado com os testes.

O que aconteceu?

Relatórios mais recentes sugeriram que o problema estava com um controle negativo, ou seja, a parte do teste que deveria estar livre de qualquer vestígio do coronavírus, como uma referência crítica para confirmar que o teste estava funcionando adequadamente e, em geral, dava positiva.

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Após denúncia do jornal The New York Times, as autoridades federais confirmam que más-práticas laboratoriais em dois dos três laboratórios do CDC, envolvidos na criação dos testes, levaram à contaminação desses exames e seus resultados inconclusivos.

Entre os problemas relatados que levaram à contaminação, estavam pesquisadores que iam e vinham de laboratórios, focados no desenvolvimento dos kits de teste, sem trocar suas roupas. Além disso, os mesmos pesquisadores dividiam espaço do laboratório para montar componentes de teste e manipular amostras contendo o coronavírus.

Resposta oficial

O CDC argumentou, em comunicado enviado para o Times no sábado (18), que a agência "não fabricou seu teste de acordo com seu próprio protocolo". Embora o CDC tenha demorado em admitir que a contaminação pelo próprio vírus estava na raiz do problema, a agência reconheceu os problemas e alega que “implementou um controle de qualidade aprimorado para resolver a questão".

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Depois que o CDC enviou seu kit de testes contaminados aos estados no início de fevereiro, a agência levou cerca de um mês para solucionar o problema. 

Fonte: Ars Technica