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Afinal, ficar no smartphone e na TV faz bem ou mal para crianças?

Por| 29 de Outubro de 2019 às 14h40

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Desde 1997, o tempo que as crianças com dois anos ou menos passam olhando para as telas mais que dobrou. Pudera: a quantidade de dispositivos com telas, principalmente móveis, também aumentou significativamente de lá para cá. Mas, saber quanto tempo as crianças passam olhando para smartphones, tablets e TVs não é tão importante quanto descobrir como essa exposição afeta seus cérebros. Nesse ponto, há um grande problema: não existe um consenso entre pesquisadores que continuam a descobrir relações muito diferentes para essa equação.

De acordo com um estudo da Oxford Internet Institute, algumas horas de tela podem ser benéficas para crianças, como os pesquisadores escreveram no Journal of the American Academy of Child and Adolescent Psychiatry, no mês agosto. A equipe de Oxford analisou o tempo em frente à tela e suas implicações no desenvolvimento infantil em mais de 35.000 crianças americanas, reunidas pela Pesquisa Nacional de Saúde da Criança dos Estados Unidos.

O pesquisador Andrew Przybylski, responsável pelo projeto, afirma com bases nas pesquisas desenvolvidas que algumas horas de exposição produziam "relações positivas modestas" em crianças, sendo que as que usavam a tecnologia exibiam "melhores habilidades sociais e emocionais" do que as que não.

No entanto, esses resultados se opõem a outros estudos que mediram o impacto desta exposição. É o caso do estudo feito por pesquisadores  da Universidade da Geórgia, baseado nos mesmos dados que o da Oxford.

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Nesse outro estudo publicado na revista Preventive Medicine Reports, em dezembro de 2018, a equipe descobriu que mais de uma hora em frente à tela produzia uma série de problemas em crianças, incluindo menor autocontrole, mais dificuldade em fazer amigos e menos estabilidade emocional.

Sobre os resultados opostos, Andrew Przybylski, professor e diretor do Oxford Internet Institute, acredita que a pesquisa de sua equipe é mais sólida cientificamente. O problema é que a maioria dos pesquisadores não compartilha seus dados, códigos ou não está em conformidade com as melhores práticas de pesquisa. “Mais do que resultados, o que diferencia nossa pesquisa (...) é a ênfase no rigor empírico”, defende Przybylski.

Mas esses não são os únicos resultados contraditórios sobre a questão. Mais de cem trabalhos aprofundados sobre o impacto do tempo de exposição na saúde mental e social das crianças já foram publicados. Porém, nenhum deles, aparentemente, está perto de uma conclusão definitiva.

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Então, o que um pai preocupado deve fazer com o tempo de exibição dos filhos? Segundo Alexis Hiniker, professora assistente da Universidade de Washington, cada caso deve ser analisado individualmente, de preferência em casa. "As famílias devem deixar de lado as ideias de outras pessoas sobre o assunto e tentarem descobrir o que funciona melhor para elas", pondera.

Fonte: Futurism