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Adesivo com vacina pode proteger contra o vírus zika

Por| Editado por Luciana Zaramela | 04 de Dezembro de 2023 às 09h31

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Natali_Khimich/Envato
Natali_Khimich/Envato

Na Austrália, cientistas da University of Queensland desenvolvem a primeira vacina contra o vírus zika, doença transmitida através de mosquitos, como o Aedes aegypti. Sem usar as agulhas convencionais, o imunizante é aplicado através de um adesivo, apelidado de HD-MAP.

Por enquanto, o adesivo que protege contra o zika vírus já foi testado, com sucesso, em camundongos, conforme os autores descrevem em artigo publicado na revista Molecular Therapy Nucleic Acids. O protótipo ainda precisa ser validado em humanos.

“Podemos mudar a forma como combatemos o zika com o adesivo, porque é um método de vacinação eficaz, indolor, simples de aplicar e fácil de armazenar”, afirma Danushka Wijesundara, um dos cientistas responsáveis pela pesquisa, em nota.

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Adesivo contra o zika

Para imunizar, os cientistas australianos desenvolveram uma vacina de DNA, a pVAX-tpaNS1. De forma semelhante às vacinas de mRNA, esta fórmula usa uma parte do material genético do agente infeccioso que codifica antígenos importantes, incluindo a proteína NS1, essencial para a sobrevivência do zika.

Toda essa informação genética é contida em um vetor viral e incluída na vacina, que será administrada através do adesivo, com a plataforma HD-MAP. São milhares de minúsculas agulhas que injetam a substância na pele do usuário.

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No ensaio pré-clínico, que foi realizado com camundongos, a vacina gerou uma proteção rápida e eficaz contra o zika vírus. Inclusive, foram geradas células T de defesa em níveis 270 vezes maiores do que os experimentos com as injeções tradicionais com agulha.

Vantagens da nova vacina

Entre as vantagens da nova vacina, está o armazenamento muito fácil. O adesivo com o imunizante contra o zika pode ser guardado por um mês, em temperaturas de até 40 °C. Nessas circunstâncias, imunizar pessoas que vivem longe dos centros urbanos, especialmente em países pobres, é mais viável.

Outro ponto alto é que a potencial vacina usa uma estratégia de proteção contra o zika vírus que pode ser replicada para outros flavivírus. Isso indica possível proteção contra a dengue, a chikungunya e a febre amarela, com os devidos ajustes na fórmula.

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Vale lembrar que, hoje, o zika vírus é identificado em quase 90 países, incluindo o Brasil. Com as mudanças climáticas e o aquecimento do planeta, a tendência é que doenças transmitidas por mosquitos e carrapatos aumentem significativamente, o que reforça a urgência de novos meios de prevenção, como este adesivo.

Fonte: Molecular Therapy Nucleic Acids e University of Queensland