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8 sintomas da Ômicron em pessoas vacinadas

Por| Editado por Luciana Zaramela | 22 de Fevereiro de 2022 às 09h54

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Gustavo Fring/Pexels
Gustavo Fring/Pexels

Pesquisadores da Noruega identificaram os oito principais sintomas da variante Ômicron (B.1.1.529) do coronavírus SARS-CoV-2 em pessoas que foram vacinadas com duas doses do imunizante. No pequeno levantamento, o sintoma mais comum foi a tosse — presente em mais de 80% dos infectados. Além disso, congestão nasal e fadiga ocupam o segundo e o terceiro lugar, respectivamente, do ranking da covid-19.

Publicado na revista científica Eurosurveillance, o estudo sobre os principais sintomas da Ômicron em pessoas vacinadas foi desenvolvido por pesquisadores do Instituto Norueguês de Saúde Pública e do Hospital Universitário de Oslo, ambos na Noruega.

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Posso ter covid mesmo vacinado?

Vale lembrar que nenhuma vacina contra a covid-19 tem 100% de eficácia, ou seja, casos da doença podem ocorrer mesmo nos imunizados. A questão é que, até agora, as vacinas demonstraram proteção significativa contra casos graves da doença, em que o paciente pode ser internado e, eventualmente, morrer.

"Nossa investigação preliminar do primeiro surto na Noruega com a Ômicron apoia a noção de que essa variante do SARS-CoV-2 é altamente transmissível mesmo entre pessoas totalmente vacinadas", afirmam os autores. A partir dessa evidência e de outros estudos sobre a imunidade contra a covid, especialistas recomendam a aplicação de doses de reforço, já que estas turbinam a imunidade dos pacientes.

Ômicron em pessoas vacinadas

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No estudo, os cientistas definiram os principais sintomas da Ômicron, a partir das infecções que ocorreram em uma festa no dia 26 de novembro de 2021. Na ocasião, um dos presentes havia retornado da África do Sul, local de origem da nova variante, no dia 24 de novembro do ano passado.

"Após a detecção do surto em 30 de novembro, todos os participantes da festa foram solicitados por médicos do município em Oslo a permanecer em quarentena em casa por 10 dias e fazer imediatamente um teste de PCR", explicam os autores.

Na comemoração, estavam presentes 117 participantes. Desse total, 111 foram identificados e participaram do estudo. Segundo os autores, a maioria dos participantes (96%) da pesquisa estava com duas doses da vacina contra a covid-19. Isso significa que 107 pessoas estavam imunizadas, mas ninguém tinha recebido uma dose de reforço.

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Após os testes, os pesquisadores identificaram 81 pessoas (73%) infectadas pelo coronavírus. Desse total, 66 (59%) eram casos confirmados da Ômicron e 15 (14%) eram casos prováveis. Isso porque o segundo grupo realizou apenas um teste de PCR e as amostras não passaram por sequenciamento.

Curiosamente, um participante estava infectado pela Delta (B.1.671.2) e foi posteriormente excluído de análises adicionais, segundo os autores.

Principais sintomas da Ômicron em vacinados

De acordo com os pesquisadores, a maioria dos casos da Ômicron era composta por pessoas sintomáticas. Do levantamento, apenas um paciente estava infectado e não apresentou sintomas da doença, o que foi considerado uma exceção.

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Entre os 80 casos, os principais sintomas identificados pelo estudo sobre a Ômicron foram:

  1. Tosse: presente em 83% dos casos;
  2. Coriza e congestão nasal: presente em 78% dos casos;
  3. Fadiga e letargia: presente em 74% dos casos;
  4. Dor de garganta: presente em 72% dos casos;
  5. Dor de cabeça: presente em 68% dos casos;
  6. Dor muscular: presente em 58% dos casos;
  7. Febre: presente em 54% dos casos;
  8. Espirros: presentes em 43% dos casos.

Segundo os autores, "nenhum dos casos necessitou de hospitalização até 13 de dezembro de 2021". Apesar da importância dessas descobertas inicias e a validação da necessidade da vacina, os pesquisadores afirmam que mais análises são necessárias para verificar os reais riscos da Ômicron.

"Uma vigilância e pesquisa mais sistemáticas são necessárias para determinar as características epidemiológicas e clínicas da variante Ômicron e as medidas de controle apropriadas para o gerenciamento de surtos", completam.

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Fonte: Eurosurveillance