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6 descobertas científicas acidentais que transformaram a medicina

Por| Editado por Luciana Zaramela | 04 de Novembro de 2021 às 15h20

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A ciência foi capaz de proporcionar coisas incríveis ao longo da história, mas algumas invenções surgiram totalmente por acaso. Hoje em dia, há vários itens essenciais na medicina que resultaram de descobertas despretensiosas, ou da pura necessidade de encontrar um novo uso para um produto específico. Confira alguns itens que revolucionaram a medicina e que não foram inventados intencionalmente!

Insulina

Em 1889, dois médicos da Universidade de Estrasburgo (França) tentavam entender como o pâncreas afetava a digestão, então removeram o órgão de um cão saudável. Poucos dias depois, notaram moscas ao redor da urina do cachorro. Intrigados, testaram a urina e encontraram açúcar nela. Foi então que os cientistas perceberam que, ao remover o pâncreas, causaram diabetes no cão.

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Foi o pontapé inicial de uma série de experimentos da década de 1920, até que finalmente pesquisadores da Universidade de Toronto conseguiram isolar uma secreção pancreática, que chamaram de insulina. A equipe chegou a receber o prêmio Nobel e pouco tempo depois as farmacêuticas do país passaram a produzir e comercializar insulina na forma de hormônio sintético.

Marca-passo

Em 1956, o engenheiro norte-americano Wilson Greatbatch estava construindo um dispositivo de registro do ritmo cardíaco. Em meio a instalações equivocadas, o engenheiro percebeu que o circuito emitia pulsos elétricos, o que lembrou o tempo do batimento cardíaco. Ele pensou, então, que a eletricidade poderia ser capaz de estimular os circuitos do coração se houvesse algum tipo de falha no órgão. Dois anos depois, o primeiro marca-passo foi inserido com sucesso em um cachorro.

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Penicilina

A penicilina é um antibiótico, normalmente utilizado no tratamento de infecções causadas por bactérias. A primeira ideia sobre esse medicamento surgiu em 1928, quando o cientista Alexander Fleming notou colônias de bactérias Staphylococcus aureus em uma placa de petri (aquele pratinho de vidro que se usa em laboratório), que ele havia esquecido na bancada ao sair de férias. Quando voltou, o estudioso percebeu que as bactérias não cresciam ao redor do molde. A placa acbou contaminada por mofo, e onde havia esse fungo, não havia colônia de bactérias. Foi quando Fleming desconfiou que alguma substância bactericida poderia estar presente ali.

O fungo encontrado na placa era do gênero Penicillium. O achado se deu totalmente por acaso, e depois da descoberta, o fungo foi estudado mais a fundo, para depois ser isolado até seu subproduto virar um poderoso antibiótico: a penicilina como a conhecemos atualmente, um antibiótico derivado de fungos que surgiu em 1940.

Quinina

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Quinina é um fármaco de funções antitérmicas, antimaláricas e analgésicas, utilizado no tratamento de malária e arritmias cardíacas. Apesar de muito antiga (já era utilizada em 1600, por exemplo), assim como a penicilina, foi descoberta por acidente, quando um homem febril perdido na selva e sofrendo de malária bebeu de uma poça d'água na base de uma árvore. Apesar do gosto amargo levar o homem a crer que a água pioraria seus sintomas, o efeito foi o contrário, e sua febre diminuiu. O amargor é uma característica da quinina, substância que estava presente na poça. A história da descoberta foi documentada em um estudo publicado no Malaria Journal.

Raio-X

Em 1895, um físico alemão chamado Wilhelm Roentgen estava trabalhando com um tubo de raios catódicos. Mesmo com o tubo coberto, ele viu que os raios iluminavam de alguma forma uma tela fluorescente. O físico tentou bloquear os raios, e quando colocou a mão na frente do tubo, para servir de anteparo, percebeu que podia ver seus ossos na imagem projetada na tela. Pronto: estava descoberto o mecanismo dos aparelhos de raio-x.

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Viagra

O Viagra foi o primeiro tratamento para a disfunção erétil, mas não foi originalmente testado para isso. A Pfizer introduziu o Sildenafil, a droga ativa do Viagra, como um medicamento para o coração. Durante os testes clínicos, a droga se mostrou ineficaz para doenças cardíacas, mas os homens notaram que a medicação causava outro efeito: ereções mais fortes e duradouras.

Mesmo que eles não tenham sido capazes de manter uma ereção antes, essa capacidade voltou à tona enquanto eles estavam tomando Viagra. A Pfizer conduziu testes clínicos em 4 mil homens com disfunção erétil e obteve os mesmos resultados, fazendo do remédio um aliado de quem sofre de impotência no mundo inteiro.

Fonte: Business Insider, Nobel Prize, The New York Times