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6 alimentos e bebidas que cortam o efeito de remédios

Por| Editado por Luciana Zaramela | 11 de Abril de 2023 às 09h56

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 leungchopan/envato
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Para um remédio funcionar da maneira esperada, a medicação deve ser absorvida e distribuída de forma efetiva pelo corpo. Só que, no meio desse processo, alguns alimentos e bebidas podem provocar diferentes tipos de problemas, impedindo a absorção do princípio ativo no intestino ou ainda atrapalhando a sua distribuição pelo sangue. Em alguns casos, a mistura pode até provocar efeitos colaterais.

Segundo artigo da revista científica Oman Medical Journal, interações medicamentosas como essas podem ser definidas como "uma situação em que uma substância afeta a atividade de uma droga, ou seja, os efeitos são aumentados ou diminuídos, ou ainda produzem um novo efeito que nenhuma delas produziria por conta própria".

A questão é que, na maioria dos casos, as pessoas tomam determinados remédios e misturam alimentos e bebidas de forma acidental, como uma pílula e uma xícara de café. Em outras palavras, elas não fazem a menor ideia de que aquilo pode comprometer os efeitos da medicação.

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Para evitar possíveis misturas indevidas, confira 6 alimentos ou bebidas que não devem ser consumidos em conjunto de determinadas medicações:

1. Café e outras bebidas com cafeína

Café e outros tipos de bebidas com cafeína, como chás, refrigerantes e energéticos, não devem ser consumidos com determinados medicamentos. Por exemplo, a substância estimula o sistema nervoso central (SNC) e, por isso, não combina com nenhum dos medicamentos da família dos benzodiazepínicos — estes são prescritos para tratar ansiedade e insônia. O mesmo vale para quem usa medicação para o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH). Só que também afeta outras classes de remédio, como a dos broncodilatadores.

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2. Couve

Nem parece ser verdade, mas a couve também pode ter suas contraindicações em casos bem específicos. Em grandes quantidades, o consumo da verdura pode aumentar os níveis de vitamina K — usada na produção de coágulos sanguíneos. O aumento pode ser um problema em pacientes que estão tomando anticoagulantes, como a varfarina. Brócolis, acelga e espinafre também podem provocar efeito semelhante.

3. Banana

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A banana é uma fruta rica em potássio. Este mineral tem diferentes funções no corpo, como regular os batimentos cardíacos e manter o funcionamento dos nervos e dos músculos. Só que o íons de potássio do alimento não reagem tão bem com alguns remédios para pressão alta, como o captopril.

4. Leite

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Por causa do cálcio e, em menor grau, pelo magnésio, o consumo de leite, queijos ou outros derivados não devem ser ingeridos no mesmo momento em que se vai tomar um antibiótico. O problema mais comum é a redução da eficácia. Por outro lado, alguns remédios têm como recomendação serem consumidos com leite, como ibuprofeno e cetoprofeno, já que podem causar irritação estomacal. Isso é só para entender o quão complexa é essa relação.

5. Sucos

Aqui, as interações medicamentosas vão depender de qual suco e de qual remédio a pessoa vai ingerir. Por exemplo, tanto o suco de maçã quanto o de laranja podem reduzir a absorção de alguns medicamentos, como o antialérgico fexofenadina. Só que, nem sempre, a quantidade ingerida é a suficiente para alterar o efeito esperado.

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6. Bebidas alcoólicas

Por último, estão as bebidas alcoólicas, que vão de um copo de cerveja a uma taça de vinho, passando por uma dose de whisky. Se antes, as interações medicamentosas podiam ser mais fracas, com o álcool elas tendem a ser mais fortes. Por exemplo, nunca tome um sedativo, um ansiolítico ou ainda um antidepressivo com uma bebida. Isso irá turbinar os efeitos do composto, deixando a pessoa mais sedada e aumenta o risco de insuficiência respiratória.

Outro problema do álcool é que ele pode interferir no tempo de meia-vida da maioria dos remédios, já que potencializa o efeito diurético — a pessoa tem mais vontade de ir ao banheiro e, com isso, elimina a medicação mais rápida do corpo que o desejado. No caso dos antibióticos, isso impacta a capacidade de combater algumas bactérias.

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Como saber a melhor forma de tomar um remédio?

Para evitar erros, é sempre importante questionar o médico sobre a melhor forma de ingerir determinado medicamento. Além disso, se você já usa alguma medicação, é preciso se atentar para o risco dos medicamentos interagirem entre si, causando possíveis efeitos indesejados. Neste caso, o profissional da saúde também deve ser avisado.

Cabe destacar que a bula dos próprios medicamentos apresenta as possíveis interações com alimentos, quando são conhecidas e melhores estabelecidas. Por isso, vale sempre checar, como mostramos no exemplo a seguir:

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A bula também orienta se tal fórmula pode ser melhor aproveitada após o café da manhã ou quando se está em jejum. Em alguns casos, o estômago estar cheio ou vazio pouco importa, mas, como já explicamos, tudo depende de qual princípio ativo é analisado.

Fonte: Oman Medical Journal, Stat News e Departamento de Saúde de Hong Kong